segunda-feira, 1 de junho de 2020

Honrar nossos ancestrais, por Ana Echevenguá


Lendo o livro Roteiro, psicografado por Chico Xavier, deparei-me com estas frases de Emmanuel: “Milhões de vidas formam o pedestal em que nos erigimos. E, alcançando o entendimento, cabe-nos auxiliar as vidas iniciantes”. 

‘Milhões de vidas’ – em sucessivas reencarnações - tornaram possível minha estada neste planeta, neste momento... como não ser grata?

Honrar pai e mãe, lembram-se disso?

Ancestrais, amigos e conhecidos, até mesmo antagonistas desses... tantas pessoas ajudaram a pavimentar a estrada que ora percorro... impossível não ser grata! 

Bert Hellinger, criador da Constelação Familiar, ensinou-nos a olhar com amor aos que nos antecederam porque, além da ajuda no passado, continuam nos dando força no presente: “A vida passou através deles até chegar até mim e em sua honra viverei plenamente”.

Um sopro de vida, de amor, percorrendo toda a nossa árvore genealógica!

Para sermos merecedores desta benesse, além da gratidão, devemos viver felizes, em plenitude, aproveitando cada minuto, honrando o sacrifício que essas pessoas experimentaram para, de certa forma, abrandar os caminhos de nossa existência. 

Claro que, compreendendo estes fatos, vislumbro minha obrigação de auxiliar as gerações futuras. Hellinger deixou bem claro que a força e as bênçãos das gerações passadas sempre reverberam nas gerações seguintes. 

Então, nesses dias de quarentena, que nos levam à reflexão, olhem para trás, com amor, gratidão, tolerância e respeito; abençoem seus antepassados, em especial, seus pais: “Que todas as gerações passadas e futuras sejam agora, neste instante cobertas com um arco-íris de luzes que curem e restaurem o corpo, a alma e todos os relacionamentos”. 



segunda-feira, 25 de maio de 2020

Por que nasci nesta família?, por Ana Echevenguá



Quantas vezes, ouvimos ou, até mesmo, dissemos: 

- Eu não pedi pra nascer!; 

- Você é a pior mãe do mundo!; 

- Quem queria um irmão assim?...

Pra essas pessoas é difícil explicar que temos a plena liberdade, no Mundo Espiritual, de escolher a família que nos acolherá no retorno à Terra.

Sério? Sério...

Na Erraticidade, não ficamos deitados nas nuvens,... Temos tempo para pesquisar, estudar, observar, conversar com nossos Guias Espirituais e, assim, fazermos o melhor Projeto Reencarnatório. Aquele que – dessa vez - vai dar certo! 

Lembrando sempre que  somos  espíritos imperfeitos, engatinhando rumo à evolução... Assim, não podemos ainda usufruir de uma vida sem provações. 

Então, essa liberdade nos permite escolher as provas que vamos vivenciar. E, às vezes, decidimos por uma prova mais difícil, mais complicada... Pra quê? Pra evoluirmos mais rapidamente.

Emmanuel não deixa dúvida sobre isso: “Qual ocorre ao enfermo que solicita assistência adequada antes da consulta, imploraste, antes do berço, a prova que te agracia”.


Assim, fica mais fácil entender por que desembarcamos no nosso atual grupo familiar.

E, se, nessa família, tem um parente-problema, que nos causa transtornos, será que não é a nossa prova escolhida? Pode ser a  grande tarefa a cumprir, aquela que vai nos ajudar a progredir rapidinho, a chegar mais perto da angelitude. 

Lembram-se daquela máxima do Chico Xavier? “Nasceste no lar que precisavas... De acordo com o teu adiantamento”.

O que fazer então? Relaxar, entender e tentar tirar nota dez nesta prova. Tolerância, paciência, resiliência, empatia e muito amor... não há muitas outras alternativas.

Se parece impossível agir assim, novamente Emmanuel nos dá um puxão de orelha a respeito do assunto: “Milhares de companheiros desenleados da carne suplicam o ensejo que já desfrutas. Mergulhados na dor maior, tudo dariam para obter a dor menor em que te refazes”.

Olhando desta forma, nem parece tão complicado assim, não é mesmo? 

Então, respire fundo e agradeça a oportunidade de desfrutar de sua família! Muitos dariam tudo pra estar no seu lugar. Assim falou Emmanuel...




sábado, 23 de maio de 2020

A pandemia e o chamado da Vida, por Ana Echevenguá



Estamos imersos num período de incertezas, dúvidas... Alguém sabe dizer como será, amanhã, o nosso mundo, numa dimensão global?

Claro que isso mexe com nossos medos e ansiedades, porque estamos lidando com o desconhecido. Acordamos e dormimos assombrados com o medo da morte, da doença, da loucura... juntos, batendo na nossa porta. 

Tudo bem! Nas horas de crise, a Espiritualidade Amiga não exige demonstrações heroicas. Solicita-nos, tão somente, que saibamos suportar as provas, adquirindo  experiência.

Ou seja, as situações de incerteza dos dias  atuais exigem equilíbrio.

E o equilíbrio não é algo estático: é dinâmico, restaurável, adaptável às pedras do caminho; deve adequar-se às dificuldades do cotidiano...

Errar e corrigir, para acertar sempre mais, conforme nos ensina Emmanuel.  

Esta crise não é novidade! Faz tempo que o Universo está nos enviando sinais, alertando-nos que iria mexer nas ‘nossas grandes certezas’ pra implementar  as mudanças necessárias.

Mas, até agora, parece que só vemos aquele grande ponto de interrogação.

Respire fundo e acredite: estas incertezas nada mais são do que as forças benéficas do Universo exigindo uma readaptação para voltarmos ao ponto de equilíbrio. É a Vida exigindo readequação, obrigando-nos a pensar em outras formas de viver, de progredir,  de ser feliz...

Por isso, não devemos nos desestabilizar diante dessas incertezas e das mudanças necessárias. Somos espíritos em processo de evolução... Podemos ser como a água, que se adapta magnificamente às circunstâncias, ao meio onde se encontra...

A pandemia veio nos avisar que chegou a hora de deixarmos o passado paralisante no qual nos acomodamos e recriarmos o futuro; com foco na nossa missão, nos impositivos do nosso roteiro, naqueles compromissos que assumimos no Plano Espiritual, bem antes de aterrissarmos neste planeta.

Hora de deixar no passado seus erros, culpas, intrigas, ódio, mágoas... 

E vislumbrar no futuro a realização de seus sonhos, dos seus propósitos divinos...

Assim, de ora em diante, não pense nem fale mais na pandemia. Entregue-se, de corpo e alma, a este chamado da Vida, mostrando  horizontes largos para o cumprimento de sua missão.



quinta-feira, 21 de maio de 2020

Laços de Família, por Ana Echevenguá



No livro Alma e Coração, psicografado por Chico Xavier, Emmanuel nos traz uma reflexão magna no capítulo ‘Amarás servindo’:

“Quando alguém te aponte os males do mundo, lembrar-te-ás dos que te suportaram as fraquezas da infância, dos que te auxiliaram a pronunciar a primeira oração, dos que te encorajaram os ideais de bondade no nascedouro, e daqueles outros que partiram da Terra, abençoando-te o nome, depois de repetidos exemplos do sacrifício para que pudesses livremente viver...”

Pensei nas tantas pessoas que me precederam, que me ajudaram, facilitando o meu ingresso e caminhada  neste Mundo...

Além de honrar pai e mãe, devemos honrar a todos os nossos antepassados, até os que não tivemos a oportunidade de conhecer.

Embora saiba que estamos interconectados, espero reencontrá-los, no Mundo dos Espíritos, para agradecer, abraçar e festejar os nossos progressos.  

“... e, mais tarde, no mundo dos Espíritos, a família (extensa) se felicitará por haver salvo do naufrágio os que, por sua vez, poderão salvar outros...” – Capítulo XIV, item 9, ESE.

Emmanuel também me fez lembrar dos que, com muito sangue, suor e lágrimas, lutaram para que hoje eu possa gozar de vários direitos – em especial os direitos femininos - que se transformaram em regras legais.  Muitos morreram para que pudéssemos livremente viver...

Ah! Somos integrantes de uma grande e amorosa família! Porque os verdadeiros laços de família são os de simpatia e comunhão de ideias e não os de sangue. Laços eternos que nos prendem  antes, durante e depois das encarnações... 


terça-feira, 19 de maio de 2020

Casar pode dar certo?, por Ana Echevenguá




“Se me faltares, nem por isso eu morro, se é pra morrer quero morrer contigo, Minha solidão se sente acompanhada, Por isso às vezes sei que necessito teu  colo,  teu colo,  eternamente   teu colo.” (Iolanda - Pablo Milanés, versão de Chico Buarque)

João está triste. Ele foi levado à separação devido à “falta de companheirismo” da esposa. 

E eu passei a divagar sobre o tema: essa é uma justa causa para desfazer um casamento?; faltou companheirismo ou faltou também amor, paixão, respeito, enfim, o afectio societatis (vontade de permanecer associado a outra pessoa...? 

Não sei. Talvez nem João saiba.

Separar é uma das consequências previsíveis de um relacionamento. Os laços se atam e se desatam. E o comportamento racional é acatar a vontade manifesta do cônjuge que deseja romper os vínculos, abandonar o barco, ...

“Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
Aquela aliança, você pode empenhar
Ou derreter
Mas devo dizer que não vou lhe dar
O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado” – Chico Buarque

Claro que nem sempre a aceitação é mansa e pacífica. Na semana passada, por exemplo, um marido matou a mulher na frente dos filhos porque ela queria a separação: puniu-a com a morte após o manifesto interesse em extinguir a sociedade conjugal. 

“Se, ao te conhecer, dei para sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir” – Chico Buarque e Tom Jobim

Afinal, quais são os deveres do casamento?

Casamento é uma pequena sociedade, com vigência por prazo indeterminado, entre duas pessoas com interesses comuns. Implica direitos e deveres mútuos. Exige investimentos (não somente financeiros) diários para ‘manter a liga’ e obter êxito. 

Mas quais são os deveres do casamento? Eles não estão explícitos no respectivo contrato. Ficamos imaginando as regras do jogo (isso se aplica também à união estável, que ao casamento se equipara).

No Brasil, as normas vigentes preservam o casamento, a união estável... E a separação judicial sem justa causa, via de regra, deve ser consensual. Para a Lei 6.515/1977, a separação litigiosa só ocorre se um cônjuge “imputar ao outro conduta desonrosa ou qualquer ato que importe em grave violação dos deveres do casamento e tornem insuportável a vida em comum”. 

Talvez essa proteção à vida-a-dois tenha se materializado porque “amar supõe evoluir todos os dias, conhecer o outro cada vez melhor, construir com ele um lugar no mundo em que as pessoas, ao entrar, sentirão que ali existe vida, carinho sincero, vontade de acertar”; palavras do psicanalista Roberto Shinyashiki. 

A falta de companheirismo, então, pode configurar violação aos deveres do casamento e tornar insuportável a vida em comum? 

Eu e meu amigo João entendemos que sim. Embora no dicionário Aurélio, seu significado se resuma a ‘aquele que acompanha’, companheiro é cúmplice, é alguém que respeita, orienta, cuida e que, acima de tudo, investe positivamente no nosso sucesso. Se um dos sócios não mais dispensa este tratamento ao outro, pode estar cometendo injúria grave. E não mais poderemos falar em suportabilidade da vida em comum.

Casar pode dar certo?



Para Shinyashiki “todos os seres humanos possuem um grande objetivo na vida: viver em estado de pleno amor”.

Claro que não há fórmula mágica para a perpetuação das sociedades. E uma relação-a-dois envolve regras ímpares como o envolvimento sexual sem o mero intuito de procriar. Relegar esse aspecto pode implicar a falência da sociedade. Devido à sua relevância, a lei trata a conjunção carnal como um dever marital. 

Leonardo Boff, em seu artigo “Como não perder o rumo certo”, diz que “não se pode construir nenhuma sociedade minimamente humana assentada sobre a falta de cuidado, de justiça e de igualdade”. E que “Uma sociedade precisa da generosidade, da cooperação e do diálogo, da comunicação livre, numa palavra, daqueles valores que constroem a felicidade social”. 

Boff não está se referindo às relações matrimoniais ou similares. Mas seus argumentos são aproveitáveis a essas. 

As pessoas não se associam somente porque têm afinidades entre si; associam-se porque lhes convém o empreendimento. E precisam, para não perder o rumo certo deste, aplicar capital econômico e humano.  Ou seja, precisam alimentar cotidianamente a vontade de manter a sociedade.

Talvez, desta forma, os sócios-amantes possam consolidar os versos que o poeta cubano Pablo Milanês fez à sua Iolanda: “Quando te vi, eu bem que estava certo De que me sentiria descoberto A minha pele vais despindo aos poucos Me abres o peito quando me acumulas De amores, de amores, eternamente de amores...”.




Família, um laboratório de amor, por Ana Echevenguá




A família é essencial para a reencarnação; é um laboratório de amor, uma microempresa que recepciona e ajuda os espíritos em sua evolução. É a grande oficina de burilamento na Terra.

E o lar é o templo dessa família!

Com raras exceções, o núcleo familiar também propicia as condições para o eclodir das paixões, insanas ou sublimes, conforme nos ensina Joanna de Angelis. 

Segundo Chico Xavier, nascemos no lar que precisamos. Ou é expiação, ou o escolhemos ou nos foi proposto por nossos guias espirituais... tudo antes do renascimento. 

Isso justifica o nosso ingresso na atual família.  Porque não há improviso no Plano Espiritual; cada reencarnação é meticulosamente planejada.

Os filhos não são nossos: são  empréstimos divinos para a construção de um mundo melhor. Então, exercer o papel de pai ou de mãe é uma grande responsabilidade porque este espírito reencarnado assimila os exemplos vividos no lar. É a sua primeira escola, pois, na infância tenra, está mais acessível aos ensinamentos que recebe.

Os pais têm por missão educar seus filhos, demonstrando seu amor  e esforço para viverem em harmonia. E isso nem sempre significa ser ‘bonzinho’, fazer vistas grossas aos erros dos filhos...  Até o pior criminoso tem lar, tem uma mãe que  o ama e que zela pelo seu bem-estar. 

Como os espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros, os pais poderão ser responsabilizados, se vierem a falir na sua missão porque, um dia, irão prestar contas de suas atitudes. 

Claro que as Leis da Vida não nos obrigam a morrer para auxiliar aos que recusam ajuda e o amor, e que não estão voltados para a prática do Bem. 

Sabiam que muitos inimigos do passado são convidados a reencarnarem juntos, no mesmo lar, para viverem provas em comum e buscarem entendimento? 

Se obtiverem êxito, estarão cumprindo um dos ensinamentos de Jesus: “Reconcilia-te com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele...”.

Sabendo disso, o esquecimento do passado é uma  benção. Fica mais fácil, desta forma, conviver ou reconciliar com alguém que foi a causa de nosso desequilíbrio, doença ou morte no passado, por exemplo.

Ah! E quantas vezes – no Mundo Espiritual - aceitamos reencarnar no convívio com parentes difíceis por amor a eles, para auxiliá-los na transformação necessária, através de nossos exemplos e paciência! Devemos fazer sacrifícios em prol do outro, sempre respeitando a sua liberdade de escolhas, porque nem todos conseguem trilhar o mesmo caminho evolutivo. 

Por isso, não acreditem na falência da família. Todo o tempo disponível deve ser aplicado na convivência familiar. Bom  diálogo, bons exemplos também são formas de educar. 

Enquanto existirem pais responsáveis tentando viver os ensinamentos do Cristo, apesar das dificuldades que os cercam, a família será o grande ninho de amor e de aprendizado.  



quinta-feira, 14 de maio de 2020

Amor ao trabalho, por Ana Echevenguá


Esta noite, ouvi uma voz suave que me disse: ‘amor ao trabalho’.

Ou foi meu Anjo da Guarda ou um bom amiguinho espiritual porque me senti tão bem com o recadinho! 

Gosto de trabalhar e procuro colocar alegria, música, bons pensamentos  nas minhas atividades. 

Joanna de Angelis, em seu livro Momentos de Meditação, explica-nos que reencarnamos pra evoluir e não pra ficarmos estagnados; que a reencarnação é o processo de iluminação pelo trabalho, pela transformação moral; que Jesus sempre exaltava o valor do trabalho como meio de dignificação e paz. E que Kardec, ao estabelecer a tríade do “Trabalho, Solidariedade e Tolerância”, deixou claro que só a Caridade salva, por ser uma ação de amor a serviço do homem e da Humanidade.

Por isso, não podemos reclamar do trabalho que desenvolvemos ou tratá-lo como um fardo desgastante. Chico Xavier disse que “teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização”. 

Se foi escolha nossa, reclamar de quê? 

Pois é... Na quarentena, muitos falam que estão trabalhando o dobro, o triplo... Novas atividades diante das novas circunstâncias. Quem sempre delegou as tarefas domésticas a terceiros, por exemplo, obriga-se agora a fazê-las. Atentem para o uso da tolerância e da solidariedade na hora de desenvolver qualquer ação.
E, se agirmos assim diante de cada tarefa a executar, tudo vai fluir mais facilmente, mais adequado às nossas possibilidades. 
Pensamento positivo, gente querida! Que bom que temos louça pra lavar, comida pra sujar a louça, água e sabão pra lavar essa louça... 

A gratidão faz-nos ver a vida com outros olhos, sob outro ângulo; coloca alegria e beleza no círculo de trabalho que nos cabe.  
Além disso, tudo fica mais fácil se dividirmos diariamente com Deus a nossa abençoada carga de trabalho. Sabiam que, muitas vezes, é Ele que faz o trabalho que não conseguimos fazer, ainda que coloque à nossa disposição todos os recursos para o melhor desempenho das nossas obrigações?

Amor no trabalho. E trabalho com amor, muito amor... É  o dever cumprido que deixa a consciência tranquila e nos faz relaxar em paz!





segunda-feira, 11 de maio de 2020

Dr. Joe Dispenza e seu GOLOV-20, por Ana Echevenguá



Joe Dispenza, famoso neurocientista, pesquisador e palestrante, lançou um projeto fantástico chamado GOLOV-20, para ajudar a difundir amor em tempos de COVID 19. Os efeitos são fantásticos!

A proposta é bem simples: pense em alguém que você ama e com quem você se preocupa. Diariamente, por 15 ou 20 minutos. Seu pai ou sua mãe, seu filho, um colega de trabalho... pense também  nos motivos que o levam a amar esta pessoa, em suas qualidades, em seu lado positivo... 

Dr. Joe disse que o processo funciona melhor quando criamos uma mensagem – escrita, em áudio ou em vídeo - pra esta pessoa, contando os motivos que nos fazem amá-la.   

Não precisa enviar a mensagem, caso não queira. Apenas expresse seu amor e os motivos deste. Importante é que você queira que aquela pessoa perceba o amor que você está sentindo... E a força do pensamento e dos sentimentos transcendem tempo e espaço...

Então, tudo o que precisamos fazer é amar, ter a intenção de amar, abrir o coração lembrando-se da pessoa amada e querendo que ela perceba o amor que você sente. 

Este movimento de amar deve ser acompanhado de meditação; ele criou uma como sugestão - https://www.youtube.com/watch?v=NZd91PF8SYs&t=847s.



Quando as pessoas começam a expressar seu amor, elas começam, também, aos poucos, a abrir seu coração, a ter contato com os seus sentimentos. E este amor influencia as demais pessoas. 

Quando você ama os outros, também ama a si mesmo. Na verdade, é impossível amar a outras pessoas se não desenvolvemos, primeiro, o autoamor.

Em sua pesquisa, Dispenza demonstrou que quando as pessoas estão realmente no nosso coração, o amor que sentimos se expande e as influencia. Mesmo que estejam distantes de nós, tanto o nosso coração como o da pessoa amada começa a bater de modo mais ritmado e coerente porque ela é contagiada com nosso amor. 

Agora, vejam que outro ‘efeito colateral’ incrível! Ao abrir seu coração diariamente, por 15 ou 20 minutos, após 4 dias, algo extraordinário acontece: você fortalece seu sistema imunológico em até 50% a mais. Por quê? Porque o corpo começa a liberar naturalmente um anticorpo produzido pelos glóbulos brancos, chamado Imunoglobulina A (IgA), sem o uso de substâncias exógenas. Isso foi apurado cientificamente.

Trata-se, segundo Dr. Joe, de “desenvolver nossa capacidade de gerar e criar emoções a partir de dentro, em vez de esperar que algo fora de nos dite como nos sentimos...”. 

A proposta é unir as pessoas, formando uma comunidade conectada pela frequência e energia do amor. E, assim, aumentar nossa imunidade...



domingo, 10 de maio de 2020

Tempo, por Ana Echevenguá


Tempo é uma das maiores riquezas de que dispomos na nossa trajetória reencarnatória. Talvez a maior.

Pedimos tantas coisas a Deus: sucesso, saúde, paz, trabalho, dinheiro, carro novo, casa nova... Mas, deveríamos pedir o essencial – pedir tempo. Porque, somente com o auxílio deste, conseguiremos atingir nossos objetivos.

Pense nisso! Uma ótima semana! 

Os contatos com o Mundo Espiritual, por Ana Echevenguá



Minha irmã disse-me, um dia, que – se eu quisesse ver os amigos do Mundo Espiritual – deveria perder o medo, jogar fora os temores bobos e infantis de ‘ver almas do outro mundo’.  

Não esqueci a recomendação e tenho investido nisso!

Ontem, antes de dormir, conversei com meu Anjo da Guarda, meu Mentor Espiritual. Disse-lhe que finalmente estava preparada pra vê-lo, que não sentiria medo ou ansiedade; que eu já conseguia entender suas orientações e aconselhamentos...  

Na madrugada, ouvi alguém me chamando suavemente: ‘Ana’. Uma voz feminina e tranquila.

Pensei, no primeiro momento, ser uma das minhas filhas. Mas, como elas não moram mais comigo, segui dormindo.

Há pouco, ao abrir aleatoriamente O Livro dos Espíritos, li a questão 152. E percebi que estava diante da comprovação de que meu Mentor Espiritual fizera o contato solicitado.

152. Que prova podemos ter da individualidade da alma depois da morte?
“Não tendes essa prova nas comunicações que recebeis? Se não fôsseis cegos, veríeis; se não fôsseis surdos, ouviríeis; pois que muito amiúde uma voz vos fala, reveladora da existência de um ser que está fora de vós.”

Puxa, é tão óbvio, tão claro como o sol de primavera: se eu não for surda, ouvirei uma voz... Kardec foi fantástico nas perguntas!  

Gratidão por estar continuamente amparada! Gratidão por estar imersa neste Universo Espetacular onde infinitas cadeias de vidas interagem entre si na Grande Vida, conforme nos ensina Emmanuel!

Aceitação na pandemia, por Ana Echevenguá


Estamos todos no mesmo barco, imersos numa crise pandêmica que, embora anunciada, parece-nos uma horrenda novidade, um  problema insolúvel, tão complexo que a angústia parece tomar conta da mente e do coração... 

Sei que muitos estão assim. E para estes, sei que é difícil entender que os momentos de crises são testes à nossa capacidade de resistência. Que os problemas são bênçãos que, no futuro poderemos entender; que algumas  perdas podem nos levar a um futuro mais enriquecedor. Também já pensei desta forma!

Talvez tenha chegado a hora de nos voltarmos para o lado espiritual da Vida. Admitir, de uma vez por todas, que há algo além da matéria ao nosso redor. E talvez a pandemia queira nos ensinar isso.
Conhecem aquela frase clichê: ‘aceita que dói menos’? Esta é a Lei Espiritual do Menor Esforço que trata a aceitação como fonte geradora da  harmonia interior. 

Meu pai sempre brincava que ateu só é ateu até 1 minuto antes de ser atropelado; é só sentir o perigo de verdade que grita: - Deus, me ajuda!

Assim, diante das dificuldades, principalmente as que estamos vivenciando hoje, confiem   a Deus as dores que tanto incomodam neste momento, que perturbam o seu sono...  Convidem o Anjo da Guarda pra uma conversa. Usufruam dessa ajuda espiritual disponível nas 24 horas do dia!

Somos seres espirituais envoltos num corpo material engatinhando no árduo processo de evolução... não chegamos à angelitude ainda. Já somos eficientes em algumas coisas, mas deficientes em tantas outras.  Assim, é normal o desespero, a sensação de impotência e de frustração... 

Portanto, diante do problema, nada de desespero, permaneçam confiando! Aceitem, foquem na solução e busquem  ajuda com Deus, que é infinita sabedoria e amor. 

Joanna de Angelis, em seu livro Vida Feliz, dá-nos uma dica preciosa e muito oportuna: “Se tudo estiver contra e o insucesso te ameaçar com o desespero, ainda aí espera a Divina Ajuda”.

Na mesma obra, reforça a necessidade de confiarmos no Auxílio dos Céus: “Quando pensares que o socorro não te chegará em tempo, se continuares esperando, descobrirás, alegre, que ele te alcançou minutos antes do desastre”.

Muita paz a todos... 

Muita paz e oração... por Ana Echevenguá



Aos que estão doentes, em casa ou nos hospitais, e perderam a saúde, o contato com os seus amores... Não percam a esperança nem a vontade de viver. Seu Anjo da Guarda está aí, do seu lado, incansável, amparando amorosamente. 

Aos que trabalham nas zonas de risco, nos hospitais e clínicas, em contato direto com o vírus, colocando em prática seu conhecimento para salvar vidas... Não percam a esperança nem a vontade de ajudar. As bençãos divinas recaem constantemente sobre vocês!

Aos que entregaram seus familiares e amores doentes aos cuidados dos profissionais de saúde e esperam pela recuperação e cura... Não percam a esperança nem a vontade de pedir ajuda aos Céus. A lei de Deus é a Lei do Amor. E o Amor tudo pode, tudo faz...

Aos que estão sofrendo a dor da partida  dos entes queridos, muitos sem a possibilidade de se despedir... Não percam a esperança nem a fé na Espiritualidade Amiga. Agradeçam a oportunidade do convívio que tiveram com eles. Sei que a dor é grande, mas passa; pode demorar, mas passa...

Aos que partiram vitimados pelo Covid-19, e não entendem ainda essa nova etapa da existência... Não percam a esperança porque estão sendo auxiliados, envolvidos no Amor do Pai. 

Recebemos todos, sem exceção, amparo e socorro, luz e bençãos, na medida das nossas necessidades. 

Embora seja difícil enxergar o porquê das provas que enfrentamos, o fardo fica mais leva quando entendemos que somente nos acontece o melhor. 

Assim, haja o que houver, devemos confiar sempre na Ajuda Divina. Encher nosso coração de esperança e de paz, sem medo de pedir ajuda através da oração. Porque, acima de nossos recursos tão limitados e frágeis, estão os recursos infinitos do Amor de  Deus. 



sábado, 9 de maio de 2020

Minha Mãe Maravilha!, por Ana Echevenguá



Mais um Dia das Mães. Além do consumismo, é uma data especial que deve ser sempre lembrada com carinho, afeto, amor...

Deus é tão sábio que nos concedeu nove longos meses para gestarmos nossos filhotes. 

Tempo de espera, de aprendizado... Mas, será que é  tempo suficiente para aprendermos tudo? Claro que não!  Precisamos adquirir tantos  conhecimentos sobre as regras de como agir para o resto de nossas vidas. Um filho é para sempre. 

Ah! Essa tal maternidade! Ela nos torna protagonistas de um trabalho ímpar para a Humanidade. Nosso corpo foi projetado para trazer à Terra, ou à luz, os novos espíritos que anseiam por mais uma oportunidade reencarnatória.

Além de ajudar neste desembarque, recebemos a missão gloriosa de contribuir para o progresso deste novo ser, através da educação e do amor. 

Sabem por que  o choro é a primeira manifestação da criança ao nascer? Pra estimular o nosso interesse em cuidar dele, como um despertador pra nossa grande tarefa. Está no Livro dos Espíritos, questão 384.


Com choros e risos, os filhos são apenas empréstimos divinos. Vivem conosco, mas não nos pertencem, conforme a poesia de Gibran que nos compara a um arco que arremessa nossos filhos, como flechas vivas, ao infinito. 

Santo Agostinho revelou-nos que um dia Deus nos perguntará: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda?

Sei que minha mãe, no dia em que tiver esta conversa com Deus, vai contar uma história longa, dizendo que fez ‘assim’ mas deveria ter ‘feito assado’, blablablá... 

Mãe querida!

Talvez o tempo a tenha feito esquecer que fez tudo certinho, passou na prova com louvor: nota dez! Recepcionou-nos com muito amor e carinho, cuidou de cada filho como se fosse único. Deixava as tarefas da casa pra nos ajudar nas tarefas escolares; não dormia a noite inteira quando estávamos doentes, media a nossa febre a cada meio minuto... noites e noites em claro... é a nossa Mulher Maravilha, a heroína do nosso cotidiano!

E, assim como ela, tantas outras mulheres maravilhosas habitam nosso universo e nosso coração. Parabéns a todas!

Deus proverá!



Há algumas frases significativas que uso quando alguém me fala que está insatisfeito com sua situação financeira, por exemplo. O advogado, além de promover a Justiça, tem que ouvir, ajudar, informar, amparar... Na nossa frente, muitas vezes, há um ser humano dilacerado, sem entender os motivos e extensão de seu problema.

Uma delas é “Deus proverá!” 

Mas, o que é Deus? “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”, segundo o Livro dos Espíritos. 

E ‘prover’ significa abastecer-se do necessário.

Os que entendem que há algo além da matéria neste mundo, percebem que a Providência Divina nos fornece gratuitamente tantos recursos: o sol, o oxigênio no ar, a água da chuva... 

Da mesma forma, ela nos permite a posse de alguns bens materiais, na forma de empréstimo, que devem ser usados para a construção da nossa felicidade e, ainda, da felicidade dos outros.

Fica mais fácil entender este empréstimo quando nos deparamos com a morte, do desencarne. Além de não levarmos nenhum bem, estes são transferidos  conforme o Direito determina. 

Deus também nos empresta a inteligência, a autoridade e títulos adquiridos, a capacidade técnica de produzir, ou seja, todas as ferramentas essenciais para sermos úteis, prestar ajuda e serviços, ensinando ou socorrendo... Repito: são posses provisórias que viabilizam a nossa possibilidade de ajudar a nós mesmos e ao outro. 

Chico Xavier ensinou-nos que possuímos os recursos financeiros coerentes com as nossas necessidades; nem mais nem memos, mas o justo para as nossas lutas terrenas.

Atenção: recebemos ajuda para podermos ajudar e não para ficarmos deitados em berço esplêndido; é dando que se recebe!

Assim, à medida que despertamos para o  nosso objetivo espiritual, ou propósito de vida, melhor utilizamos nossos bens e, assim, cooperamos com a construção de um mundo melhor. 

Então, sempre que a ideia de escassez surgir na sua mente, troque por pensamentos positivos, voltados pra abundância e pra prosperidade, reforçando a tua forte disposição em ajudar. Quanto mais dádiva, mais benção recebida! 

Desta forma, Deus sempre proverá!



sexta-feira, 8 de maio de 2020

Viva sabiamente o hoje!, por Ana Echevenguá



Qual o dia mais importante das nossas vidas? ‘Hoje’.

Esta foi a dica de Emmanuel, no livro Alma e Coração, psicografado por Chico Xavier. 

‘Hoje’, segundo ele, é  “o melhor tempo de sentir o Bem, conhecer o Bem, crer no Bem e praticar o Bem, na romagem evolutiva em que todos nos achamos, buscando, passo a passo, a Vida Perfeita para a Felicidade Maior”.

Então, pare de sofrer pelas agruras do  passado: já passou; é imodificável.

Joanna de Angelis diz que, quem hoje triunfa, começou a plantar este triunfo ontem. Confirma, então, que os acontecimentos do futuro dependem do Bem que praticarmos hoje, como explicou Emmanuel. 

Assim, usufrua bem do momento  presente! Viva intensa e sabiamente o hoje!  

Dia das Mães: #fiqueemcasa!



- Mãe, o que você quer de presente no Dia das Mães?

- Um presentão: que você saia vivo dessa pandemia, meu filho! Não vá pra rua  comprar presente; não quero visita. Fique em casa, na quarentena, te protegendo. 

- Então, vamos almoçar juntos, como em todos os anos...

- Não, meu filho, fique em casa! Eu to bem sabendo que você está bem. 

Acho que todas as mães que não dividem o lar com seus filhos pensam desta forma. Apostam na quarentena para evitar o contágio do Coronavírus.

Por quê? Por amor, pelo instinto de sobrevivência da prole. 

A relação mãe-filho é algo mágico: é a relação de um par e não a de dois indivíduos isolados. A maternidade nos envolve em um amor diferenciado, envolto em muito mais abnegação, proteção e cuidados.   Torna-nos mais responsáveis; traz-nos a consciência de que devemos encarar o mundo com outros olhos.  

Assim, toda mãe, nestes dias de pandemia, reza pela saúde e integridade física de seu filho. E troca, em nome do amor, o abraço presencial pelo  telefonema, pela chamada de vídeo...

É tão bom saber que, dentre as lições da pandemia, temos a hipervalorização do afeto, da amizade, da compreensão e da solidariedade... 

Portanto, faça sua mãe feliz neste domingo: sobreviva à pandemia; proteja-se; #fiqueemcasa


Exercício prático de Gratidão, por Ana Echevenguá



Minha filha ensinou-me um exercício de gratidão tão prático e bom que resolvi dividir com vocês.

Ah! Se você tem filhos sabe que eles são presentes de Deus; e aprendemos tanto com eles!

O exercício é rapidinho: divide-se em quatro momentos.

No primeiro, sente-se de forma confortável, relaxe, feche os olhos e agradeça. Só isso. Muita gratidão pelo dia de hoje, pelo sol ou pela chuva, por estar vivo e saudável, pelo estudo ou trabalho que realiza, pela família e pelos amores... pense no lado bom da sua vida porque sempre há algo a agradecer...

Inspirado com este sentimento de gratidão, você se sente melhor, mais elevado e expande sua energia positiva, conectando seus pensamentos com a gratidão que já existe nas demais pessoas, no Universo. Este é o segundo momento.

A seguir, você envia gratidão a todas as pessoas desconhecidas. Os agentes da área da saúde, os enfermos, o pessoal da limpeza pública, os profissionais que não podem estar na quarentena, por exemplo... tem tanta gente trabalhando para que você esteja bem, pra que o pão possa chegar na sua mesa...

E, por último, após doar a gratidão o Universo vai lhe retribuir, por merecimento, trazendo a gratidão pra sua vida, pras pessoas que você ama, pras suas  plantinhas, seus bichinhos...

Um exercício simples e muito amoroso. Pode ser feito a qualquer momento, em qualquer lugar.  Tenho feito tão logo acordo, pra começar bem o dia.

Gratidão faz bem! Aproveite o primeiro tempinho livre e agradeça. Faça disso um hábito em sua vida. Seu coração e o universo agradecem...

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Nossa imprudência e 'lockdown', por Ana Echevenguá



Embora o número de mortos aumente diariamente, o #fiqueemcasa ta caindo no esquecimento. Então, várias cidades brasileiras já adotaram, por força da pandemia, o  lockdown.

O que é isso? É o isolamento compulsório, obrigatório, imposto por autoridades, com regras rígidas para que a população fique  em casa. Por enquanto, estamos vivendo um isolamento social voluntário: podemos sair de casa, se quisermos.

Por que isso já está ocorrendo no Brasil?  Porque está difícil evitar a contaminação pelo coronavírus; porque os números de infectados e de mortos aumentou – falam que é dez vezes maior do que os dados oficiais; porque o sistema de saúde não tem condição de atender a todos os infectados e, enquanto isso,  estamos vivendo um isolamento flex. 

As falhas do Brasil na luta contra a pandemia foram apontadas pela  BBC News Brasil -https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52551974#. Após ouvir especialistas da área de saúde, elencou estas:

1. Adesão irregular ao isolamento social e livre circulação de pessoas nos feriados – muitas pessoas, de forma irresponsável, estão nas ruas, em festas, em shopping center... Como se a pandemia não existisse ou que o singelo uso da máscara salve vidas! 


2. Quarentena flex – o cenário político-partidário ‘apropriou-se’ das decisões sobre a pandemia sem observar os pareceres da área da saúde  e alguns governantes decidiram pelo retorno das atividades econômicas. No embate Economia X Saúde está ganhando a primeira em disparada. 

3. Comportamento do Presidente da República - em claro desrespeito às regras da OMS  sobre o distanciamento social, incentiva os demais a fazer o mesmo.  

4. Dissonância entre os governantes -  Para a BBC News, não há entendimento entre os governantes sobre a necessidade do isolamento social para o achatamento da curva de infecções. É Brasil, né? E a pandemia virou tema de disputa em ano de eleição, gerando insegurança e mais isolamento flex. Culpa exclusiva dos governantes? Não... estão lá por nossa vontade, por força do nosso voto. Ou seja, mais uma irresponsabilidade nossa!

5. Troca do Ministro da Saúde dificultou adesão da população – como falei antes, a pandemia virou disputa político-partidária num país que nunca se preocupou com a saúde da população. 

6. Notícias falsas e promessas de curas milagrosas que desviam atenção do isolamento - Ou seja, estamos numa espécie de ‘terceira guerra mundial’ e tem gente negando esta realidade tão dura, adotando posturas irresponsáveis. 

Infelizmente, muitos não entendem que o contato com outro ser humano pode ser letal, neste momento; que o contágio é fácil. 



Assim, em virtude de tanta imprudência, negligência e imperícia, teremos mais intervenção em nossas vidas, em nossos direitos, com a implantação de medidas mais enérgicas para evitar o crescimento do contágio, que está levando os brasileiros à morte.

Evite o lockdown, fique em casa, se puder! Sei que não é fácil, mas temos que aceitar que, no momento, a única forma de evitar o contágio é o isolamento. 

Apesar de contarmos com cientistas consagrados, fortalecidos pelas Bênçãos Divinas, que trabalham arduamente em busca da cura, esta ainda não foi encontrada. Portanto, #fiqueemcasa é a melhor solução!

Em nome da nossa sobrevivência e dos que amamos, precisamos ser responsáveis.   

Dalai Lama, ao falar sobre a pandemia, pediu-nos isso: mais responsabilidade que oração. Lembrou-nos que não basta rezar, que  “um ato compassivo ou construtivo, seja trabalhando em hospitais ou obedecendo à quarentena, tem o potencial de ajudar a todos.”



terça-feira, 5 de maio de 2020

Na pandemia, estamos vivendo o momento presente?, por Ana Echevenguá



Há muita ansiedade no ar. Muitos medos e incertezas invadiram a nossa rotina. Nossa vida, que parecia tão certinha, transformou-se... O presente é inusitado, cheio de adaptações; e o futuro é um grande ponto de interrogação.

Estamos em quarentena, à espera do fim da pandemia, esperando várias soluções porque, no momento, falta contato físico com nossos amores, faltam leitos em hospitais, falta dinheiro, falta vacina, ... 

Fugindo desta contabilidade no vermelho, nos distraímos, torcendo pra que a pandemia passe logo. Afinal, tudo passa! 

Ouço tanta gente reclamando... alegam que trabalham mais do que antes porque as tarefas domésticas não podem ser delegadas a terceiros, que o contato direto com outros familiares é cansativo, que o salário foi congelado ou reduzido... melhor seria hibernar, acordando quando o mundo voltasse ao normal.

Mas, será que a pandemia instalou-se para isso? Para continuarmos com o discurso do eterno ‘falta tudo’, da procrastinação e da constante ansiedade?

Embora largamente anunciada, a pandemia é algo tão novo que não podemos tratá-la com o velho jeitinho de sempre.

É preciso estabelecer um significado pra este momento. Ressignificar tornou-se um verbo importante. O que eu vou aprender com esta experiência? Qual a lição positiva que a pandemia me trouxe? Que mudança vai provocar em mim, em nós, no planeta? Qual o sentido de estarmos vivendo este momento? De termos pedido pra reencarnar nesta época tão turbulenta?
São perguntas cujas respostas exigem um diálogo honesto conosco, numa boa, num momento de calma, de reflexão amorosa...

A pandemia está nos trazendo a possibilidade de repensar caminhos. Aproveite isso! Chega de buscar no passado as desculpas para a sua fragilidade atual, chega de buscar a felicidade num futuro tão desconhecido. 

Vivemos um momento de autotransformação; precisamos de disciplina para melhor aproveitarmos o momento presente. 

Lembram-se da música ‘Velha Roupa Colorida’ de Belchior: “No presente, a mente, o corpo é diferente E o passado é uma roupa que não nos serve mais...”. Versos perfeitamente adaptados ao nosso momento, não é? 

A vida – mesmo em tempos de pandemia - é agora. E enquanto ela se expressa, no momento presente, multiplicam-se as oportunidades de evoluir e de ser feliz. Carpe diem!



segunda-feira, 4 de maio de 2020

O que são ‘ideias inatas’?, por Ana Echevenguá



Somos seres espirituais, vivendo experiências carnais. A nossa vida tem sucessivas existências: reencarnamos milhares de vezes em busca da evolução e da felicidade. 

Outro dia, lendo o Livro dos Espíritos, fiquei sabendo que, neste vai-e-vem, nosso conhecimento não se perde. Eureka! 

Registramos tudo o que pensamos, em uma espécie de diário divino, no  nosso mundo mental.

Ora, se muito do que sabemos não é fruto desta atual existência, fica fácil entender algumas  habilidades ou predisposições dos seres humanos, perceptíveis desde a tenra idade.  Na História, há vários exemplos de gênios, pessoas naturalmente dotadas de profundo saber científico de engenharia, medicina, espiritualidade, línguas... “São lembranças do passado; progresso anterior da alma, mas de que ela não tem consciência” – conforme resposta à questão 219 do Livro dos Espíritos. 




Conhecimentos adquiridos em existências anteriores dos quais guardamos vagas lembranças, denominados pelo Espiritismo de  ideias inatas. 

O bebezinho recém-nascido não é uma ‘folha em branco’; é um espírito antigo com um novo corpo que carrega, consigo,  a consciência instintiva do mundo invisível. Como bem nos ensinou Dona Dulce: o corpo de um bebezinho lindo e fofo guarda um espírito antigo, com milhares de reencarnações. 

Tão bom saber que trazemos esta bagagem cultural! E que isso auxilia muito o nosso progresso.  “Em cada nova existência, o ponto de partida, para o Espírito, é aquele em que, na existência precedente, ele ficou.” 

Não nos lembramos de todas as informações armazenadas, mas temos a intuição desse aprendizado anterior porque os pensamentos migram, quando preciso, para a nossa mente consciente. Eureka!

Então, muitas das respostas aos nossos problemas estão dentro de nós! Um tesouro a ser explorado! A meditação nos ajuda a ter acesso a essas preciosas informações. Olhar pra dentro, conversar com os próprios botões, falar sozinho... e analisar, sem pressa, todas as ideias que surgirem em nossa mente. Claro que se elas forem inconvenientes, negativas, devemos deletá-las. Estamos em busca de sucesso, de soluções e não de problemas!

Nosso Anjo da Guarda também pode nos ajudar a encontrarmos soluções dentre as ideias do passado. Daí, a importância do diálogo constante com ele.

Estou feliz com a descoberta. E encerro com uma sábia orientação de Emmanuel que confirma a importância das ideias inatas: “não desfites a retaguarda para que te reconfortes nos valores já conquistados e que podes distribuir, a benefício dos outros”. 

domingo, 3 de maio de 2020

Quarentena rima com paciência, por Ana Echevenguá




Maio de 2020. Essa quarentena está te deixando inquieto, insatisfeito, com medo do futuro?

Ah! Somos naturalmente impacientes. Já perceberam isso ou é só comigo que ocorre? Revoltamo-nos com as atitudes e sentimentos dos outros; e, até mesmo, com os nossos.  

É preciso ter cuidado porque esses distúrbios emocionais constantes atrapalham nosso cotidiano e podem nos levar a discussões inócuas, perda de tempo, cansaço imotivado, doenças e, até mesmo, à morte prematura...

Será que, além da paciência, está nos faltando misericórdia? Sei lá... O que é isso? Misericórdia é compaixão, é dó, é solidarizar-se com alguém que está vivenciando um momento difícil, enfrentando uma tragédia pessoal...  Ela nos auxilia a enxergar  o lado melhor de tudo, incluindo nossos próprios problemas e situações do caminho.

Automisericórdia, autopaciência... isso mesmo: o que é bom pros outros, também é bom pra mim...

A Pandemia é uma provação anunciada; um chamado para tentarmos realizar todo o Bem que pudermos.  É bem-vinda porque nos obrigou a sair da inércia em que, anestesiados, gozávamos de uma suposta satisfação dos sentidos. 

Fomos chacoalhados por um vírus, e precisamos  despertar, retomando a nossa  jornada de evolução e de aprimoramento. Ainda há muito aprendizado, suor e lágrimas pela frente... 

Diante disso, como ser paciente?

Já ouviram falar que Deus é Amor e que nos concedeu os recursos que carecemos? Nossos problemas de saúde ou financeiros, o cenário doméstico e profissional em que nos situamos representam tudo o que precisamos para a nossa evolução; o necessário para as nossas lutas terrenas;  tudo de acordo com nosso adiantamento, conforme ensinava Chico Xavier. São os princípios básicos da Lei de Causa e Efeito, que nos integram às Leis Universais que nos levarão à felicidade.



Não estou falando de conformismo ou passividade. Falo de fazer a limonada com o limão que nos deram, de olhar o copo meio cheio...

Dentro ou fora da pandemia, a impaciência em nada nos ajuda. Ela nasce da relutância em enxergarmos nossas próprias necessidades morais, em aceitarmos situações que, ao nosso entender, são desagradáveis em nossa Vida. 

Puxa, reconhecer isso já é sinal de progresso e – neste momento - vai nos ajudar no resgate de culpas do pretérito, tanto na esfera individual quanto coletiva. 

Impaciência não combina com gratidão. É hora de agradecer a Luz Espiritual que nos banha a cada segundo; vigiar os pensamentos; apostar no nosso reequilíbrio  e enfrentar os obstáculos com misericórdia e paciência, focados na  solução e não nos problemas.

Sem esquecer que Deus nos ampara e nos compreende, dotado de Infinito Amor. E espera que saibamos também compreender, esperar e amar...



sábado, 2 de maio de 2020

Não somos números, por Ana Echevenguá


A população brasileira está sofrendo os impactos do Covid-19. O website oficial - https://covid.saude.gov.br/ - apurou, ontem, 6.329 óbitos e 91.589 casos confirmados.  

Infelizmente, iniciamos o mês de maio com estes números.
Dados de um desencarne coletivo de seres humanos que foram contagiados pelo coronavírus e pelo vírus da ignorância. Ingenuamente, ignoraram os riscos do contato com outro ser humano, ignoraram as precárias condições do sistema de saúde brasileiro, ignoraram a importância da escolha dos nossos  governantes, ignoraram  a própria fragilidade...

Até ontem, oficialmente, 6.329 mortos. Um número que cresce diariamente... Números? Dados? Não; não são números somente... Cada um desses mortos tem nome, sobrenome, histórico familiar e currículo profissional... são mais do que simples  números numa grande listagem oficial do Brasil. Seres humanos insubstituíveis que partem sem a possibilidade da despedida, sem as homenagens que nossa cultura nos ensinou... deixando aqui seus amores, lembranças, muita saudade...   

A notícia destas mortes nos entristece... experimentamos um processo de luto coletivo que vai ficar impregnado na nossa memória por muito tempo, vai atingir as próximas gerações... 
 Segundo o psicanalista Luiz Alberto Py, “não existe nada mais doloroso para nosso espírito do que o sofrimento causado pela perda de alguém que amamos”.  

Com certeza, doutor Py... e, na pandemia, esse sofrimento recrudesce. 

Enquanto a cura não chega, muita paz e resiliência para todos os que se encontram entristecidos, enlutados,  sentindo a mesma dor do poeta que cantou “naquela mesa ta faltando ele e a saudade dele ta doendo em mim...”.  

Não estamos imunes a essa dor, mas precisamos encontrar uma maneira de seguir adiante, sabendo que não há fórmulas mágicas... 
Por enquanto, vamos tentar colocar em prática o que aprendemos dentro das nossas religiões, dos nossos estudos espiritualistas. 
Isso nos trará um pouco de conforto e de coragem pra suportarmos esta despedida temporária, honrando a memória dos que partiram um pouco antes de nós... Repito: a despedida é temporária. Um dia, haverá o abençoado reencontro.