quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Ai, aqueles dias sombrios... - por Ana Echevenguá



Nem sempre acordamos alegres, otimistas, com bom humor; principalmente quando temos dificuldade em gerir nossas emoções, controlar nossos pensamentos...

Há dias em que parece que tudo vai dar errado; em que pulamos da cama com o ‘pé esquerdo’. Sono, pessimismo, falta de autoestima, uma angústia no peito... 

E o dia escorre confuso, agitado, cansativo, infeliz... o relógio não anda; e, anestesiados, nos entregarmos a tudo isso, sem relutância. 

Oh, vida, oh, dor!

Como lidar com dias assim, que envolvem, na maior parte das vezes, conflitos internos?

Acho que devemos entender, inicialmente, que esses dias são dias de provas, de desafio e não de insucessos.

Assim, quanto maior a dificuldade, maior deve ser a nossa vontade de olhar pro nosso interior, maior o investimento em nossas energias positivas... porque dentro de nós há uma Caixinha Mágica com várias ferramentas disponíveis para consertar nossas vidas, se quisermos. Nascemos com ela e, às vezes, nem a abrimos.

Como chegar a esta Caixinha?

Conectando-se consigo mesmo, buscando a origem dessa dor, desse mal-estar que não surgiu quando abrimos os olhos pela manhã: ela já estava dentro de nós, esperando o momento propício pra aparecer.

Encontrando a origem do problema, é hora de buscar, naquela Caixinha, a ferramenta adequada para a solução.

Às vezes, nesta autoanálise, nos deparamos com a necessidade de mudanças, de renovar velhas crenças... 

Cuidado, porque, quando isso acontece, alguns mecanismos perturbadores – que também estão dentro de nós – entram em ação impedindo que saiamos do estágio negativo. Lembre-se que velhos hábitos possuem raízes fortes e não gostam de mudança.

Olhar pra dentro de si é um trabalho fácil? Não; há pessoas que morrem sem ter feito isso, desperdiçando sua reencarnação... Mas, o autoconhecimento pode gerar novos projetos que, aos poucos, vão se firmando dentro de nós até que, um dia, possam gerar bons frutos.

Dias difíceis e insucessos sempre vão surgir... para ficarmos mais antenados, vigilantes, mais introspectivos... e, acima de tudo, mais amorosos conosco.

Afinal, estamos em constante aprendizado, reencarnados num mundo de provas e de expiações... Trate esses dias sombrios, que parecem improdutivos,  como bençãos, oportunidades preciosas de renovação para melhor.

E, enquanto a mudança interior não eclode, vamos nos autoajudar, mudando a paisagem mental, focando em situações  boas. Água, chazinhos, música, conversa com um amigo e boa leitura fazem um bem danado nessas horas, afastando-nos deste estado perturbador.

Tudo passa e a tua dor também passará! No céu dos dias nublados também há sol; brilhando atrás das nuvens escuras. 


terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Bençãos de Coragem, por Ana Echevenguá



A gente sempre tem algo para dar, pra ajudar quem está ao nosso lado neste processo evolutivo. Uma moeda, um sorriso, um chazinho,  uma palavra amiga, aquele abraço reconfortante na hora da dor...

Também há algo que, às vezes, nem damos tanta importância e que ajuda muito. Emmanuel, no livro Alma e Coração, dedica um capítulo à ‘Benção da Coragem’, que considera uma dádiva pra combater o infortúnio. 

E cita alguns exemplos em que esta benção faria diferença: pessoas que escolheram o caminho do mal porque lhes faltou calor humano na hora certa, através de uma simples frase afetuosa; que adoecem  porque só encontram pessimismo nas palavras alheias... 

Através de palavras de  fé, esperança, compreensão e otimismo podemos salvar vidas, reacender a luz da confiança no coração dos que carecem, tanto quanto nós, da paciência, do amor e do socorro de Deus.

“Seja tua palavra clarão que ampare, chama que aqueça, apoio que escore e bálsamo que restaure.”, diz-nos Emmanuel. 

Nada de deixar para amanhã o momento de usar nossas ‘Bençãos da Coragem’. Apareceu a oportunidade, solta o verbo e fala positivamente sobre as belezas da vida, a imortalidade da Alma, os recursos ilimitados do Universo, as Energias Infinitas que todos carregam dentro de si... tudo isso está à nossa disposição ainda que estejamos vivendo o pior momento de nossas vidas.

Lembrei agora de Anete Guimarães que, em uma de suas entrevistas, explica sobre o apoio dos nossos anjos da guarda: - “Eles não podem fazer o nosso serviço, resolver nossos problemas; mas, estão do nosso lado, intuindo, apoiando, dando a maior força... eles não jogam, mas estão na torcida: vai, aproveita, é assim mesmo, vai dar certo...”. 

Quer melhor exemplo de ‘bençãos de coragem’?


segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Campo Energético Invisível, por Ana Echevenguá



Para vivermos neste Planeta e captarmos as manifestações objetivas exteriores, a realidade da matéria, somos dotados dos sentidos físicos: audição, tato, visão, paladar, olfato.

Como estamos mais atentos ao campo das manifestações objetivas, estes 5 sentidos físicos nos  afastam das portas das percepções mais profundas. Bloqueiam a nossa  capacidade de captar os registros paranormais ou extrafísicos que nos cercam.

Há um princípio inteligente fora da matéria. O pensamento que produzimos é dotado de força eletromagnética. Por isso, estamos mergulhados num oceano de vibrações, de energias; cercados por ondas e pensamentos incessantes. 

Energia viva, o pensamento desloca forças em torno de nós, construindo paisagens ou formas, criando centros magnéticos ou ondas... 

Imersos no oceano das energias de pensamento que projetamos e recebemos, somos instrumentos de intercâmbio psíquico, ainda que não percebamos. Captamos os reflexos uns dos outros, dentro da nossa capacidade de assimilação ou de sintonia porque ninguém permanece fora deste movimento de permuta incessante. Toda criatura absorve, sem perceber, as influências alheias.

Para melhor convivermos com este  Campo Energético Invisível,  devemos aprender a dilatar a nossa capacidade psíquica para captarmos os benefícios oriundos dos conteúdos extrafísicos, que nos afetam. Não podemos mais ignorá-los!

A Ciência já comprovou que somos dotados de antenas transceptoras instaladas em nosso cérebro, na nossa glândula pineal. Através desta é que emitimos e captamos vibrações, ideias, energias mentais, sem cessar.


A sintonia entre duas ou mais mentes, encarnadas ou não, ocorre através da afinidade intelectual ou moral, ou de ambas porque – dentro deste oceano de pensamentos - nutrimo-nos da substância mental que nos cerca. 

A influência é benéfica se vem de espíritos bons; mas perturba e incomoda quando se origina de espíritos maus.

Por enquanto, por ignorância, somos instrumento inconsciente dessas forças complexas que nos propelem a atitudes muitas vezes desastrosas. A sua influência é tão grande que, muitas vezes, elas comandam a nossa existência. 

Questão 459 do Livro dos Espíritos. Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?

— Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque  muito frequentemente são eles que vos dirigem.


Podemos modificar esta situação? Sim, utilizando nosso livre-arbítrio, fazendo conexões mais seguras, sintonizando nossos pensamentos com outros da boa qualidade. 

Podemos eleger nosso Mundo Vibratório, com nossas preferências psíquicas e emocionais, atraindo somente as boas ondas energéticas que nos cercam. 

Claro que é preciso educação interior para uma sintonia mais salutar. Precisamos aperfeiçoar nossos conhecimentos, depurar nosso coração para nos habilitarmos ao recebermos a influência dos grandes gênios da Sabedoria e do Amor, convertendo-nos em instrumentos de boas obras, ajudando a nós mesmos e aos menos favorecidos. 
Ainda há tempo para isso: afinal, somos eternos. 

Vamos abrir as portas da nossa percepção parafísica, desenvolvendo-a, conscientes dos benefícios deste recurso que Deus nos deu para facilitar nossa trajetória evolutiva.




Anjo da Guarda, por Ana Echevenguá



O Livro dos Espíritos é o resultado de longa pesquisa realizada por Alan Kardec. Através de questionamentos, desvenda, pouco a pouco, os mistérios do Mundo Espiritual ou Mundo Invisível e seu intercâmbio com o nosso.  Um árduo trabalho de equipe – composta de encarnados e desencarnados -, que envolve as revelações e ensinamentos de Espíritos superiores com a colaboração de diversos médiuns.

Gosto especialmente da abordagem sobre os nossos anjos da guarda, a partir da questão 489. 

Então, a equipe da Espiritualidade Superior revelou à equipe de Kardec  que temos um irmão espiritual, um anjo guardião ou um Espírito protetor, pertencente a uma ordem mais elevada do que a nossa, com a missão de nos guiar na trajetória existencial para o Bem, auxiliar-nos com aconselhamentos, consolar-nos nas horas de aflição e levantar nosso ânimo diante das provas da vida.

O que é exatamente, ‘ordem elevada’? Refere-se a um espírito de hierarquia mais alta do que a nossa. Afinal,  alguém que recebe a incumbência de cuidar e orientar outro alguém deve estar um pouco mais preparado, não é mesmo?

Gente, como é bom saber disso! Que temos um Anjo da Guarda que nos acompanha desde o nascimento até a morte. E, muitas vezes, ainda fica ao nosso lado na vida depois da morte; até mesmo através de outras encarnações. 

Não o enxergamos, na maior parte das vezes, mas podemos sentir sua influência, ouvir seus aconselhamentos... Basta nos sintonizarmos com ele.

Nosso Anjo da Guarda está do nosso lado por ordem de Deus; e se encarrega desses cuidados voluntariamente. 

Simultaneamente, pode também proteger outras pessoas. Mas, segundo nossos Amigos Espirituais, “protege-os menos exclusivamente”.

De vez em quando, tira férias... deixa sua posição de protetor porque precisa desempenhar outras missões. Mas, não nos abandona: deixa ao nosso lado um substituto. 

Ah! Ele se afasta quando vê que seus conselhos são inúteis e que seu protegido prefere sintonizar-se com os Espíritos inferiores. Afasta-se, mas não nos abandona completamente. E retorna tão logo seja chamado.

Como é bom saber que temos ao nosso lado esses amigos incondicionais, seres  superiores, aptos a nos ajudar, aconselhar e amparar! 

domingo, 5 de janeiro de 2020

Você conhece a expressão “boa morte”? – por Ana Echevenguá


Embora seja mais corriqueiro entre os atuantes na área de saúde, o tema não é muito difundido. Significa dar condições dignas ao paciente em estágio terminal, tentando minimizar a sua dor e a de seus familiares. 

Em 2004, a antropóloga Rachel Aisengart Menezes publicou um livro intitulado “Em busca da boa morte”. E ela define a “boa morte” como aquela em que o paciente possui autonomia para conhecer o tratamento que lhe será dispensado e que este deve incluir assistência psicológica, social e espiritual. Sustenta que, se necessário, ele seja atendido em casa, ao lado de seus amores... 

Este é o tratamento que gostaríamos de receber num momento tão delicado de nossas vidas. A humanização e solidariedade devem estar presentes desde a hora em que o profissional da saúde repassa a notícia de estágio terminal a seu paciente até a rede de atendimento médico-hospitalar.

Para tanto, é necessário um processo de mudança sociocultural que busque humanizar o período que antecede a morte e ofereça o melhor atendimento médico-hospitalar ao doente terminal. 

Também é necessário o atendimento espiritual. Para várias religiões cristãs, a morte não é o fim. Portanto, é preciso dar apoio e esperança aos pacientes e aos seus familiares.

Com honrosas exceções, a situação no Brasil é precária. Ainda que tenha sido criada, pelo Ministério da Saúde, em 2003, a Política Nacional de Humanização, atuando de forma transversal às demais políticas de saúde, pouco foi colocado em prática. A revista “The Economist”, em 2010, apresentou um estudo feito em 40 países sobre a qualidade da morte de pacientes terminais. O Brasil, quanto a este quesito, ficou na 39ª posição. 

Talvez isso ocorra porque, apesar de vivermos no Século XXI, ainda banalizamos a morte ou evitamos falar a respeito. Como se ela fosse tabu; como se não existisse em nosso cotidiano. 
Mas, precisamos começar a pensar no assunto, a esboçar nosso projeto de morte. 

Afinal, a busca da “boa morte” é, acima de tudo, um projeto pessoal. 

Seja feliz em 2020! – por Ana Echevenguá



Chegou 2020! Você já pensou em que modelo de vida quer viver de ora em diante? Quais os seus planos? Qual seu compromisso consigo mesmo?

Você sabia, por exemplo, que reencarnou para crescer e ser feliz? Para evoluir dentro de um processo que envolve muito amor e felicidade?

Talvez não saiba nada disso porque nos repassaram uma visão patológica da existência: contaram-nos, desde a infância, que nascemos para sofrer. Então, nossos pensamentos são permeados por sofrimento, dores, perturbações...

Impregnados neste modelo caótico de realidade, a nossa percepção só capta o lado sofredor da vida. Julgando não termos direito à felicidade, as coisas boas passam despercebidas. Elas acontecem, mas não as aproveitamos porque vivemos com esta ideia do sofrimento, de pobreza e que assim está certo.

A verdade é que a felicidade é possível. Acredite nisto e trabalhe arduamente para consegui-la. É fácil? Não. Mas é um aprendizado que exige treinamento diário.

Você precisa entender que a vida é bela e que, enquanto ela se expressa, multiplicam-se as oportunidades de evoluir e de ser feliz.

Mesmo que falte dinheiro, posição social e saúde, você pode ser feliz. Porque felicidade é um estado íntimo; vem de dentro pra fora, vem do bem-estar que uma vida sem sobressaltos proporciona.

Então, coloque nos seus planos – presentes e futuros - a melhoria do seu mundo interior.

Conheça-se, renove-se e, claro, seja feliz!