segunda-feira, 4 de maio de 2020

O que são ‘ideias inatas’?, por Ana Echevenguá



Somos seres espirituais, vivendo experiências carnais. A nossa vida tem sucessivas existências: reencarnamos milhares de vezes em busca da evolução e da felicidade. 

Outro dia, lendo o Livro dos Espíritos, fiquei sabendo que, neste vai-e-vem, nosso conhecimento não se perde. Eureka! 

Registramos tudo o que pensamos, em uma espécie de diário divino, no  nosso mundo mental.

Ora, se muito do que sabemos não é fruto desta atual existência, fica fácil entender algumas  habilidades ou predisposições dos seres humanos, perceptíveis desde a tenra idade.  Na História, há vários exemplos de gênios, pessoas naturalmente dotadas de profundo saber científico de engenharia, medicina, espiritualidade, línguas... “São lembranças do passado; progresso anterior da alma, mas de que ela não tem consciência” – conforme resposta à questão 219 do Livro dos Espíritos. 




Conhecimentos adquiridos em existências anteriores dos quais guardamos vagas lembranças, denominados pelo Espiritismo de  ideias inatas. 

O bebezinho recém-nascido não é uma ‘folha em branco’; é um espírito antigo com um novo corpo que carrega, consigo,  a consciência instintiva do mundo invisível. Como bem nos ensinou Dona Dulce: o corpo de um bebezinho lindo e fofo guarda um espírito antigo, com milhares de reencarnações. 

Tão bom saber que trazemos esta bagagem cultural! E que isso auxilia muito o nosso progresso.  “Em cada nova existência, o ponto de partida, para o Espírito, é aquele em que, na existência precedente, ele ficou.” 

Não nos lembramos de todas as informações armazenadas, mas temos a intuição desse aprendizado anterior porque os pensamentos migram, quando preciso, para a nossa mente consciente. Eureka!

Então, muitas das respostas aos nossos problemas estão dentro de nós! Um tesouro a ser explorado! A meditação nos ajuda a ter acesso a essas preciosas informações. Olhar pra dentro, conversar com os próprios botões, falar sozinho... e analisar, sem pressa, todas as ideias que surgirem em nossa mente. Claro que se elas forem inconvenientes, negativas, devemos deletá-las. Estamos em busca de sucesso, de soluções e não de problemas!

Nosso Anjo da Guarda também pode nos ajudar a encontrarmos soluções dentre as ideias do passado. Daí, a importância do diálogo constante com ele.

Estou feliz com a descoberta. E encerro com uma sábia orientação de Emmanuel que confirma a importância das ideias inatas: “não desfites a retaguarda para que te reconfortes nos valores já conquistados e que podes distribuir, a benefício dos outros”. 

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