sábado, 23 de maio de 2015

“Você merece...” - Ana Echevenguá


Desde a tenra idade, acostumamo-nos com a ideia de punições. Pertenço à geração na qual papai e mamãe, vovó e titia falavam: “se você fizer isso, vai ser castigado pelo Papai do Céu”. Ou “caiu, machucou-se: bem feito. Você merece!”. Minha vó, em momentos de indignação diante de atitudes que considerava erradas, lançava a mesma pergunta: “vocês não tem medo do fogo do inferno?”


Daí, muitas vezes, crescemos acreditando em um Deus punitivo, em castigos merecidos, penitências necessárias...

Mas, felizmente, encontrei pessoas que me repassaram outros ensinamentos. Hoje, carrego a certeza de que Deus é amor, é Pai amigo, generoso, justo... E que eu – assim como o resto da humanidade - sou merecedora de seu amor!

“Deus vela por ti e te ajuda, nem sempre como queres, porém, da melhor forma para a tua real felicidade” – precisamos de explicação mais convincente do que esta, apresentada por Joanna de Angelis em seu livrinho Vida Feliz?

        Então, Deus não nos pune! Até mesmo o momento de dor deve ser encarado como uma via para a real felicidade. Porque somente nos acontece o que será de melhor para nós.


Sendo assim, nunca estamos sós. A nossa trajetória é regiamente observada e acompanhada. E, geralmente, aqui se faz, aqui se colhe... Por merecimento, podemos alcançar a felicidade, enxergar as alegrias da vida, vislumbrar um futuro tranquilo. O espaço do qual dispomos é o ‘aqui’; o tempo é o ‘agora’ para a prática de ações - eivadas de bondade, caridade, generosidade – que nos elevam... 

“Diariamente, semeamos e colhemos. A vida é também um solo que recebe e produz...”, segundo André Luiz. Porque se constitui de lições que se repetem até se fixarem corretamente.

E, no curso dos dias, diante de cada fato novo, devemos pensar nas palavras sábias e confortantes da nossa amiga Joanninha: “O que te ocorre, mereces, a fim de conquistares novas marcas na escala da evolução”.

Somente desta forma, a energia positiva da lição aprendida reverterá a nosso favor, criando um elo contagiante a nossa volta.

O que é felicidade? - por Ana Echevenguá


Já obtive tantas respostas para esta pergunta. Dinheiro, amor, cura do câncer, gravidez, emprego novo, aposentadoria, viagem pro exterior, ingresso em novos cursos...

Para Joanna de Angelis, em seu livrinho Vida Feliz, “felicidade é um estado íntimo, defluente do bem estar que a vida digna e sem sobressaltos proporciona”.



            A felicidade é construída, lentamente, em nosso interior, exigindo trabalho e sacrifícios.

Mas, em momentos de profunda dor, de aflição, felicidade pode ser sinônimo da chegada do socorro, de um telefonema, de um resposta – seja positiva ou negativa...

Ontem, experimentei um Momento de Felicidade inusitado. Marcante e inesquecível. O médico que estava cuidando do meu neto disse: “- ele pode ir pra casa”.
 
              Palavras mágicas, luminosas, tão esperadas... Encheu-nos de alegria e de esperanças! Felicidade tambem é isso... “Sem características externas, a seu turno, quando invade o ser, exterioriza-se qual luz brilhante aprisionada em redoma de delicado cristal...” De Angelis explica-nos desta forma, em seu livro Convites da Vida.




Quem passou por isso sabe do que falo: uma criança de dois anos, ativa, apaixonada pela vida, presa num leito hospitalar para receber medicação via intravenosa. Seus pedidos de ‘vamos passear’, ‘vamos pra casa’, ‘comer sorvete’ pareciam chicotadas no coração.

Felizmente, assim como as águas do rio, tristezas e doenças tambem passam... 

A convivência com esses pequenos anjos que escolheram nossa companhia para a caminhada neste Planeta é pedagógica. A cada dia, recebemos lições que nos levam a valorizar os sagrados amores que nos cercam. Lições que reforçam os laços de afeto e respeito no meio familiar... Desta forma, aprendemos a valorizar os momentos de união, de bem estar e de saúde... 

E, assim, sentimo-nos mais próximos da felicidade que tanto perseguimos.



Canasvivendo..., por Ana Echevenguá





Nessa praia decidi viver
Numa salutar troca de energia
Com o sol, a areia e o vento...

Nessa praia quero morrer, é meu intento.
E, antes do retorno inevitável,
Voejar – sem pressa, com alegria –
como a gaivota no firmamento.


Sob o sol de Canas, por Ana Echevenguá





Você já leu ‘Sob o sol de Toscana’?
Viu sua adaptação ao cinema?
Mas se não pudermos estar lá
Vamos usufruir o sol de cá.


Estou sob o sol de Canas,
Olhando o mar de infinitas cores
Que areja o corpo, a alma
E leva embora as dores.



Caminho sem pressa, caminho com calma.
Internalizando  a calidez outonal
do sol que nos banha agora...



Aproveite comigo o dia iluminado.
Viva a vida, olhe pro lado,
Agradeça à Mãe Natureza
Por este momento de ímpar beleza!



Cozinhando com amor... por Ana Echevenguá



"... Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado, meu amor.
A massa que faz o pão
Vale a luz do teu suor...”
( Amor de Índio - autoria de Beto Guedes - com performance de Milton Nascimento)



Outro dia, contei a meu amigo Geraldo que estava cozinhando num fogão a lenha. E ele respondeu: “Cozinhar no fogão a lenha é espetacular, pois a comida retém “energia real” para alimentar nossas células. O rim fica fortalecido e a produção do baço, para o nosso sistema imunológico, vai às alturas. Somente com a energia do fogo de madeira, através do alimento. Sem falar que todos os pratos ficam sempre bem quentes até a hora de servir”. 

Então, resolvi escrever pra falar de um prato comum que elaborei: arroz com feijão, temperado com muito amor, que também deve ser um retentor de “energia real”.




A comida ficou ótima, embora eu não seja uma expert em preparo de refeições. Ao prová-la lembrei da expressão: “digna de comer de joelhos”. Quem não a conhece! Usada quando o prato é divino, quase abençoado.

O alimento é uma grata bênção para a nossa existência corporal. Exige o brilho do suor e paciência no cultivo, no preparo... E sua sacralidade torna-se indiscutível quando o temperamos com amor.

Solidariedade, por Ana Echevenguá






Sexta-feira. 27 de junho de 2014. Estamos parados num longo engarrafamento na BR 101. Chuva forte, nevoeiro. Não sabemos o motivo. Obras intermináveis na estrada, um acidente, ...

Um rapaz jovem bateu na janela do nosso carro alertando que uma ambulância quer passar... Prestei atenção nos seus atos: sob a chuva, sem qualquer proteção, ele corre – sem ansiedade ou nervosismo - entre os veículos, alertando aos motoristas, tentando abrir caminho.

Aos poucos, a ambulância da Secretaria de Saúde de Treze de Maio, deslocando-se lentamente, consegue seu intento. Graças à interferência promissora daquele jovem.


Um belo exemplo a ser seguido! Emocionante mesmo!

Cá com meus botões, pensei: “ - será que eu sairia nessa chuvarada, nesse frio congelante, para fazer o que ele fez?” E você?

A solidariedade – característica marcante do brasileiro - apresenta-se de várias maneiras... através de pequenos gestos simples, de amor, que podem salvar vidas. Quem a pratica segue rumo ao seu progresso pessoal. Está mais próximo da angelitude.

Joanna de Angelis – que tanto fala de Amorterapia -, ensina-nos que a “conquista do amor é resultado de processos emocionais amadurecidos, vivenciados pela conquista do Si”. E que esta conquista tem início “quando lampejam os sentimentos de solidariedade, de interdependência no grupo social, de afetividade desinteressada, de participação no processo de crescimento da sociedade”.