quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Religare, por Ana Candida Echevenguá







Esta pintura - denominada A Criação de Adão - é parte da grande obra projetada por Michelangelo para o teto da Capela Sistina, situada no Palácio Apostólico, residência oficial do Papa da Igreja Católica, na Cidade-Estado do Vaticano. Uma grande obra realmente. Estupenda!




Mas é tambem conhecida mundialmente como o Religare, palavra latina que deu origem à palavra religião. Significa religação. Assim, a Religare mostra Criador e Criatura; o ser humano ligando-se ao Pai, a Deus.


A respeito deste assunto - da conexão do Homem com a Espiritualidade Amiga - recebi esta mensagem de um amigo muito especial e culto:

"... E não precisamos de uma religião para fazer isto. Assim, Michelangelo pensou em um ser humano nu na pintura. Que representa que ele, sozinho, pode fazer isto. Basta querer se conectar, ligar-se, unir-se ao Criador. Isto é Espiritualidade! Mas, Michelangelo não poderia falar isso naquele período porque seria considerado um herege e, provavelmente, seria morto..."



Meu amigo está coberto de razão!

Joanna de Angelis ensina-nos, em várias passagens de seus livros que estamos mergulhados no oceano de amor de Deus, que jamais estamos sozinhos porque Deus está em nós e em torno de nós:

"Descobre-O e deixa-te conduzir por Ele com sabedoria".
   



Alerta Geral: todo dia é Dia da Criança! - artigo de Ana Echevenguá



Art. 5º, Lei 8.069/1990. Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.


Alguém já ouviu a recomendação: “cuidado pra não jogar fora a criança junto com a água do banho”? Há séculos, quando a higiene era relegada e a água escassa, os banhos da família eram semanais. Todos usavam a mesma bacia, a mesma água... o bebê era o último da fila. Aí, a água estava tão suja que ele corria o risco de sumir e ser jogado fora com a água suja.


Felizmente os tempos mudaram. Temos água corrente em nossas casas, os hábitos de higiene estão relacionados diretamente com a saúde... o pátrio poder (as obrigações de sustento, guarda e educação dos filhos) é exercido igualmente pelo pai e pela mãe. E foram criadas várias leis protetivas das crianças.

Mas algo está errado!

Coincidência ou não, após a morte da menina Isabella – que foi jogada do sexto andar de um edifício e os principais suspeitos foram  seu pai e a madrasta, a mídia passou a mostrar vários casos de acidentes com nossas crianças: elas caem de veículos, de janelas; morrem afogadas em buracos com água; são esquecidas dentro dos veículos de seus pais, ... Ontem, um menino de 5 anos caiu do 26º. andar, na Grande São Paulo, porque a mãe o deixou sozinho no apartamento.  

Perceberam que não estou falando de casos de abuso sexual, pedofilia, compra-e-venda de crianças, adoção à brasileira... falo dos acidentes domésticos que estão recheando a mídia.

Aparentemente, vejo negligência dos responsáveis por estas crianças! Mas tenho dificuldade em entender o que acontece:

- as crianças estão hiperativas, incontroláveis? Já ouvi pais falarem que seus filhos estão em aulas de ioga e/ou ingerem medicamentos específicos para ficarem mais calminhos...

- os pais estão “alienados”? Não sabem o que é certo ou errado quando o assunto é criança? Não conseguem impor limites e regras aos seus filhos? Não conseguem cumprir seu dever de cuidar da prole?



O renomado psiquiatra Montserrat Martins entende que a mídia está explorando mais o tema porque o assunto é vendável no momento. Mas “tragédias e crimes com as crianças sempre existiram”; e que, no Juizado da Infância e da Juventude de Porto Alegre, por exemplo, se vê de tudo. 
Ele mencionou uma regra do jornalismo que diz qu "não é notícia um cachorro morder uma pessoa: é notícia uma pessoa morder um cachorro". E assim, talvez a mídia não considere boa notícia o fato de “ser bom pai ou boa mãe, já que é isso que esperamos das pessoas. A notícia é quando alguém contraria o que é esperado do ser humano: ter o instinto de proteção aos filhos”.

Sobre negligência, achei importante dividir com vocês o pensamento do Montserrat: “há coisas difíceis de entender; em termos humanos mesmo, como é que podem haver pais negligentes com os próprios filhos? Até a ciência tem dificuldade em encontrar respostas para isso, porque mesmo a paternidade e a maternidade são instintivas no sentido de proteção à prole. É um desafio compreendermos isso. Mas, talvez por ser tão natural o sentimento de proteção aos filhos, é que cause revolta ver quem não o pratica”.

Diante dessa cruel realidade, temos que achar uma solução. Não sei se adianta aplicar o rigorismo da lei aos pais negligentes que contribuem para a lesão ou morte de seus filhos. Talvez a dor de presenciarem estas desgraças represente a maior punição que poderiam experimentar...

Uma coisa é certa: com crianças, a prevenção é fundamental. Se elas precisam de vigilância continuada, se elas precisam de mais limites, se precisamos aprender mais sobre elas, acharmos espaço nas nossas agendas para estarmos ao lado delas, vamos colocar isso em prática. 



Leonardo Boff fala, há tempos, sobre a urgência de promovermos uma revolução ética na humanidade, fundamentada sobretudo no cuidado com os seres, as pessoas e a vida. 

Portanto, comece em casa a revolução ética proposta por Boff. Cuide bem do seu filho! Ele é uma riqueza humana insubstituível e o preço pago por sua perda é alto demais.



Sempre que a mídia mostra acidentes letais com crianças, penso na dor inevitável dos pais bem retratada na poesia de Chico Buarque: "saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu".




* - Ana  Candida  Echevenguá, OAB/RS  30.723, OAB/SC 17.413-A, advogada e articulista, especializada em Direito Ambiental e em Direito do Consumidor. Coordenadora do Programa Eco&Ação, no qual desenvolve um trabalho diretamente ligado às questões socioambientais, difundindo e defendendo os direitos do cidadão à sadia qualidade de vida e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. email: ana@ecoeacao.com.br

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A maternidade responsável, por Ana Candida Echevenguá*



Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da maternidade/paternidade responsável, o planejamento familiar é decidido livremente entre o casal, devendo o Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito.

O crescimento da população é um dos graves problemas que afetam negativamente o meio ambiente. Os adeptos do pensamento clássico malthusiano – defendido por Thomas Robert Malthus, economista inglês que tratou das condições econômico-sociais da Inglaterra entre os séculos XVIII e XIX, realçando aspectos demográficos e econômicos - pregam a necessidade de um crescimento da população adequado aos limites dos recursos naturais.

Daí, a importância do já mencionado planejamento familiar, direito garantido constitucionalmente e regulamentado pela Lei 9.263/1996 e da maternidade responsável.

A gestação – tempo decorrido da concepção até a gravidez - não deve ser tratado como doença – pensamento da maioria das mulheres despreparadas e temerosas. Trata-se de um processo natural, social e ecológico que envolve sexualidade, transformação e amor para os seres humanos de todos os sexos.




Para tanto, neste período delicado, é imprescindível suporte técnico e emocional. E exige profunda aprendizagem além de autoconhecimento. A mulher deve usufruir deste momento, buscando informação segura sobre as transformações a que está sujeita porque novas portas serão abertas. Ela dará à luz um novo ser que precisará ser habilitado e preparado para o cotidiano. E será a grande responsável pela formação de um sistema integrado que estabelecerá os laços afetivos entre ela e o filho.

Para tanto, a Constituição Federal é clara no sentido de que “O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram...”.

Tudo isso porque a família, “base da sociedade, tem especial proteção do Estado”.

E, não obstante, vivemos na época da hipervalorização do afeto, da amizade, da compreensão... Afinal, todo o comportamento humano depende de fatores tanto orgânicos como socioambientais.

A relação mãe-filho é a relação de um par e não a de dois indivíduos isolados. A maternidade torna-nos mais responsáveis. Traz-nos a consciência de que devemos encarar o mundo com outros olhos e cuidarmos do planeta para garantir a sadia qualidade de vida à prole.



Após a concepção, a mulher/mãe tem nove meses de espera e de aprendizado. Que espetáculo sem igual! Este é tempo que a Natureza sábia entendeu suficiente para proporcionar ao novo ser um desenvolvimento sadio no interior do útero materno. O corpo feminino que, neste período, é o lugar ideal para o crescimento do bebê precisa ser bem tratado.



Além disso, na gestante, os instintos sociais humanos tornam-se mais aguçados, em especial, o maternal.

Assim, a mulher, no curso de sua gestação, precisa adquirir novos conhecimentos, saber como agir de ora em diante. É preciso aprender a ser mãe. Um filho é para sempre... e não vem com manual de instruções!


 


* Ana  Candida  Echevenguá, OAB/RS  30.723, OAB/SC 17.413-A, advogada e articulista, especializada em Direito Ambiental e em Direito do Consumidor. Coordenadora do Programa Eco&Ação, no qual desenvolve um trabalho diretamente ligado às questões socioambientais, difundindo e defendendo os direitos do cidadão à sadia qualidade de vida e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. email: anaechevengua@gmail.com



Beba muita água!




    

     Quem pratica esporte ou exercícios físicos precisa beber muita água. Hidratar-se para ficar saudável. 


Nosso corpo possui em torno de 70% de água. Ou seja, somos água!




Segundo a revista Viva Saúde, edição 109: 

“... Antes da atividade física

Para praticar atividade física, é necessária uma pré-hidratação, com quantidades generosas de líquidos nas 24 horas que a antecedem. Duas ou três horas antes, indica-se também tomar de 400 ml a 600 ml de líquidos

Durante
A dica é tomar 150 ml a 350 ml de água, de acordo com o tipo, duração e intensidade do exercício, a cada 15 ou 20 minutos. Mas essa quantidade pode variar conforme as características pessoais.
Depois
Após a atividade, reponha de acordo com o total de peso corporal eliminado. Se a atividade for extenuante, é importante que os fluidos tenham em sua composição sódio e carboidratos...”




Saúde preventiva exige uma garrafinha cheia de água por perto sempre!

E, se você pretende ser uma grande bailarina, siga o exemplo da professora Beatriz Apati: beba água antes, durante  e depois da dança.