quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Bom dia!, por Ana Echevenguá



Uma chuva fina brincava – naquela fria manhã de sexta-feira – sobre os guarda-chuvas coloridos. 

Antonia estava atrasada para seus compromissos. Ansiosa, passos rápidos, vã tentativa de recuperar o tempo perdido...

Na esquina, ao atravessar a rua, viu uma senhora esguia, muito idosa, corpo já encurvado, longos cabelos brancos... caminhando sem pressa... um vestido rosa florido delicadamente escondido sob um casaco de lã. Sorriso alegre, cativante, contrastando com o cinzento do dia. Cumprimentaram-se cordialmente, na intersecção de suas trajetórias. Antonia repassou o ‘bom dia’ que costuma dividir com os caminhantes que encontra em seu caminho. E, que, na maior parte das vezes, sequer é ouvido. Todos têm muita pressa, outro interesses, a cabeça cheia de problemas..!

Surpresa, ouviu a bela senhora esguia dizer: - “Bom dia. Viva as mulheres trabalhadoras! A gente reconhece uma de longe!”

Uma encantadora surpresa! O cenário e as palavras amáveis reportaram Antonia à bela mensagem ‘Caminhantes’ de Saint Exupery: “... Cada um que passa em nossa vida, Leva um pouco de nós mesmos, E nos deixa um pouco de si...”.


A Fonte da Felicidade, por Ana Echevenguá


“A felicidade é um estado de consciência que já existe dentro de nós, mas fica muitas vezes encoberto por todos os tipos de distrações. Assim como um lindo nascer do Sol pode ser encoberto pelas nuvens, nossa felicidade interior é encoberta por preocupações diárias”. – do livro A Fonte da Felicidade Duradoura, de Deepak Chopra.

Ontem, conversava sobre depressão. E um amigo me disse: - “Não tenho tempo pra depressão! Estou sempre ocupado. Não tenho medo de fazer o que eu gosto, como canta a Rita Lee!”.

Quantas pessoas podem, atualmente, dizer que estão longe dos sintomas da depressão, uma epidemia silenciosa que assola o mundo? 

Vivemos cercados de medos (muitas vezes infundados): do dia de amanhã, do fim do mês, da morte, das enfermidades, das perdas, das contas a pagar, da violência que grassa nas ruas e dentro de casa... 

E, muitas vezes, para fugir desse mal, ingerimos medicamento pra dormir, pra acordar, pra reduzir o apetite, pra estar atento aos estudos e trabalho, para sermos felizes... com ou sem indicação médica.

Mas, talvez as pílulas medicamentosas não sejam suficientes para angariarmos saúde, bem-estar, felicidade, ... é preciso algo mais!

Estou lendo o livro “A Fonte da Felicidade Duradoura”. Deepak Chopra – que, na hora da leitura, parece estar sentado ao meu lado, conversando - explana que, embora a felicidade seja a meta principal do ser humano, este a busca por vias indiretas. Acha que somente será feliz após a aquisição de alguns bens materiais, de poder, de relacionamentos amorosos estáveis... 

Daí, Chopra ‘contou-me’ que descobriu algo interessante: “Quando a felicidade se torna nossa meta principal, em vez de secundária, conquistamos com facilidade tudo o que desejamos”.

E onde está essa tal de felicidade? Dentro de nós, em algum cantinho do nosso corpo e/ou do nosso espírito. 

Jesus nos deixou um recado de máxima importância: “Vós sois deuses.” Não inventei isso: está na Bíblia Sagrada. 

Ora, se somos deuses, portadores de uma centelha divina, somos também portadores da chave da nossa felicidade. E da nossa cura.

Este final de semana chuvoso pode ser o momento certo de uma conversa íntima consigo.  Horas propícias para curtirmos nossa companhia. E de entrarmos em contato com nossa fonte interna de alegria e de felicidade.

Descubra a sua felicidade: retire as nuvens que a escondem!



Ansiedade. Como gerenciar o mal do século? – por Ana Echevenguá


Às vezes, ansiedade pode até ser normal: aquele friozinho na barriga à espera do namorado, as expectativas às vésperas do vestibular... Mas é forte indicativo de doença quando a angústia e inquietação tornam-se excessivas, quando os sentimentos interferem negativamente no cotidiano. 

Vivemos com medo... medo do futuro, medo do inesperado, medo dos fantasmas do passado... assombrados, sem entender que o presente é o único momento em que é possível ser feliz, realizado,  relaxado...

Assim, o nosso ‘Eu’ - que deveria representar a nossa capacidade de escolha, de autonomia -, perdeu suas habilidades mais importantes. Deixou de ser protagonista da própria história, gestor das suas próprias emoções, conforme explica o psiquiatra Augusto Cury. 

Parece que nosso ‘Eu’ robotizou-se: passa os dias absorvendo o excesso de informações que recebe, sem encontrar tempo pra apreciar os momentos de lazer e de felicidade. 

Perdemos a nossa capacidade de criar, de cocriar porque a frase predileta é: “não tenho tempo!”


Além disso, há os excessos que turbinaram a ansiedade do século XXI: excesso de atividade, de trabalho, de informação, excesso de lixo mental... 

Como resolver?

Devemos cuidar amorosamente do Planeta Mente, entendendo, primeiramente, que somos seres humanos únicos, belos, dotados de vários dons e qualidades... 

“Vós sois deuses!” – disse-nos Jesus.

Após, precisamos aprender a reeditar nossa memória, a reciclar os estímulos estressantes, perdas, contrariedades, ideias perturbadoras... Tudo passa e tudo isso também passará!

A pergunta que não quer calar: você se ama? Você se cuida?

Se a resposta for negativa, quem sabe não chegou finalmente o momento de nos reinventarmos, dando início a um tórrido caso de amor conosco?


Suicídio não é solução, nunca! – por Ana Echevenguá



Nossa vida parece sempre ameaçada por desafios exteriores, situações inesperadas ou não, desagradáveis ou até mesmo desesperadoras que testam ou aniquilam nossa paz, equilíbrio e resistência... 

Tais episódios geram dor e mágoa que, por sua vez, nos fazem reagir das mais variadas formas. 

Tentando livrar-se da dor, do problema que parece de impossível solução, o ser humano pensa até mesmo em morrer... Os números oficiais de suicídio publicados anualmente comprovam isso e são alarmantes. 

Mas, já ficou bem claro que o suicida não quer morrer; ele quer apenas se liberar da dor insuportável e, nesse momento de crise, a ideia da morte surge  como a única saída viável.

Estudos comprovam que 90% dos casos de suicídio poderiam ser evitados. Ou seja, esta realidade pode ser mudada se houver maior esclarecimento sobre o assunto que ainda é tabu.

Muitas vezes, diante das nossas dores, dos nossos  insucessos cotidianos, deixamos de lado a paciência, o raciocínio lógico, a serenidade... isso é compreensível mas não mais tolerável.
Está na hora da mudança. Hora de aprender a estabelecer momentos de reflexão para – diante da dificuldade, do problema - aquietar a mente e encontrar, dentro de nós mesmos, as ferramentas que nos levarão à solução do problema enfrentado.  Ou, óbvio, ter coragem de pedir ajuda, de falar a respeito do problema...
Sempre que  a dor quiser falar mais alto e tentar nos dominar, vamos dizer ‘não’ a ela. Vamos tentar assumir  o  controle dos nossos pensamentos; agir racionalmente e não reagir; respirando fundo e aquietando a mente com a paz da meditação ou com o silêncio da prece. 
Nascemos dotados de força de vontade. “Se te parece fraca, é porque não a tens exercitado”, ensina-nos Joanna de Angelis. Começa tentando corrigir os pequenos hábitos e, aos poucos, vai passando para desafios maiores.


Vamos treinar nossa força de vontade como treinamos nossos músculos. 

Com o pensamento e a vontade disciplinados, conseguiremos atingir nossos objetivos com maior facilidade. E encontrar a solução para os problemas... 

Com calma e paz, teremos melhores condições de compreender o que está ocorrendo e enfrentarmos, tranquilos, os novos desafios que a vida nos concede.

Suicídio não é solução, nunca! Nossa maior riqueza é a vida!


quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Eu mereço!! – por Ana Echevenguá


Geralmente, brincamos com o verbo ‘merecer’. É muito usado quando presenciamos algo ruim, desagradável, incômodo... Quebrou o salto do sapato? “Eu mereço!”. Perdeu o ônibus ou o avião? “Ninguém merece!”. 

Para nosso bom amigo Aurélio, ‘merecer’ é:

“1. Ser digno de. 2. Ter direito a.
3. Estar em condições de obter ou de receber...”.

‘Encante-se!’ – por Ana Echevenguá





Outono. Oito horas da manhã de sábado. Caminhava na praia, incomodada com as nuvens escuras que – sem aviso prévio - trocaram os raios de sol pela chuva. 

Chuva fina, morna; mas era chuva... e eu não gosto muito de chuva na praia. Gosto de sol, céu sem nuvens, temperatura agradável...
Lembrei que os jornais falaram de sol no final de semana. E, mais uma vez, previsão errada!

Entre os banhistas que caminhavam na beira do mar, vi um senhor empurrando uma cadeira de rodas na qual estava um jovem sorridente. Ou filho ou neto? Não sei. Pararam e o senhor ajudou o menino a sair da cadeira e dar alguns passos... caminharam uns dez metros juntos. Pararam. E retornaram à cadeira de rodas.

Apesar da dificuldade de locomoção, o jovem mantinha o sorriso no rosto; e parecia maravilhado pelo contato dos pés no chão. Era sorriso de festa!

Não consegui segurar o choro diante dessa cena tão comovente. Lembrei-me de um texto de Marcia de Luca - “Um mundo encantado”1 - onde ela começa dizendo que “enxergar os pequenos milagres do cotidiano é gerar saúde e felicidade”. E dá uma dica preciosa: 

“No seu cotidiano, comece a prestar atenção nos detalhes maravilhosos à sua volta. E encante-se. Ao escolher se encantar, você começa aos poucos a mudar sua postura perante a vida. Imediatamente, tudo se transforma ao seu redor, tudo se suaviza. E fica mais fácil viver!”

Aqueles dois homens na praia, felizes e solidários, eram motivo de encantamento.

A chuva fina que nos molhava também.

O fato de eu poder ir e vir – sozinha - com meus próprios pés, mais ainda!  

Estamos em constante aprendizado... E, talvez, a lição que extraí desse episódio seja útil a você. 

Experimente encantar-se. Segundo Marcia De Luca, “você gravará em suas células o hábito do encantamento e da felicidade, até que ele se torne natural e espontâneo. Seu corpo agradece pela saúde que você gera em si mesmo.” -  Revista Gol, fevereiro/2011.


Contabilizando o belo, por Ana Echevenguá


Moro num pedacinho do paraíso. Costumo caminhar pela praia, diariamente...

Antigamente, caminhava de olho na areia, no chão. E, irritada, prosseguia contabilizando o lixo, o despejo dos resíduos, as pegadas e cocô de cachorro... enfim, prestava atenção no tratamento que os humanos dispensavam ao meu paraíso.

Um dia, estava tão absorta nessa ‘contabilidade’ que, quando olhei pro meu lado esquerdo e vi o mar, tomei um susto. Isso mesmo: um susto! 

Impactou-me aquela beleza tão perto de mim: o azul do céu e o dourado-prateado dos raios de sol refletindo nas águas, o branco das ondas, os morros verdejantes no horizonte, o vôo das gaivotas... 

Gente!, tanta beleza - ali, do meu lado... tão próxima – e eu olhando pro lixo do chão, brigando mentalmente com os usuários da praia, com a ineficiência da fiscalização dos órgãos públicos...!!!

Parei. Respirei fundo para melhor usufruir daquele momento, daquela beleza ímpar, gratificante e gratuita. Troquei meu ‘parceiro de caminhada’: a visão da paisagem ao meu lado era melhor do que a do solo em que eu pisava. 

Desde então, mudei o foco, pensamentos  e postura.  Se há lixo no chão, eu cato e jogo na lixeira mais próxima. Faço a minha parte, sem julgar! Quem deixou resíduo espalhado na areia ainda não tem condições de entender do quanto isso é prejudicial.

Cuidar da Natureza é prestigiar e conservar a obra prima do Criador!

Aprendi a usufruir dos benefícios da minha praia; a  contabilizar o belo! 

Como bem canta Milton Nascimento, em “Outro Lugar”: “... O céu já tá estrelado e tá cansado de zelar pelo meu bem. Vem logo que esse trem já tá na hora, tá na hora de partir...”.

Hora de partir pra usufruir do belo, do bom, do paraíso... Tudo o que nos cerca tem alguma porção de lixo. Mas tem – em maior quantidade - algo de belo, bom e positivo a ser respeitado, admirado, absorvido... Basta querer enxergar! 




“Focalizar o que vai bem” – por Ana Echevenguá



Vocês já perceberam o quanto é bom conversar com as crianças? 

Elas nos surpreendem a todo instante... Consideradas por Jesus como símbolo da pureza e da simplicidade, apresentam-nos uma visão diferenciada do mundo em que vivemos. Extremamente pedagógica. Ainda que seja um espírito velho, com mais de mil anos, dotado de larga experiência e sabedoria, a criança, segundo Kardec, está  “mais acessível às impressões que podem modificar a sua natureza e fazê-la progredir”. 

Criança faz cada pergunta! Outro dia, passeávamos pela rua, cumprimentando os caminhantes e minha neta perguntou:

- Vó, por que, quando tu perguntas pras tuas amigas “tás bem?”, elas só contam coisas tristes?

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Tempo – Paciência – Silêncio, por Ana Echevenguá


“O homem moderno tem urgente necessidade de cultivar a paciência, na condição de medicamento preventivo contra inúmeros males que o espreitam.

De certo modo, vitimado pelas circunstâncias da vida ativa em que se encontra, sofre desgaste contínuo que o leva, não raro, a estados neuróticos e agressivos ou a depressões que o aniquilam.

A paciência é-lhe reserva de ânimo para enfrentar as situações mais difíceis sem perder o equilíbrio...” Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo Franco, extraído de seu livro “Alegria de Viver”

Ontem, reencontrei um velho amigo. Gente boa, cientista respeitado, trabalhador honesto! Os negócios iam bem até que o sócio cometeu algumas ilegalidades, “quebrou” a empresa e restou ao João – meu amigo – pagar as contas.

- Ana, no início, eu me senti pequeno diante do volume de dívidas que surgiram. Foi um desespero! Parecia que não teria solução! Pensei em suicídio, em fugir do país... queria desaparecer! Mas, aos poucos, fui parcelando os débitos, apareceu trabalho bom... e vi que mais importante do que o saldo devedor era o ingresso de dinheiro em caixa.

Quantos passam por isso; principalmente nestes tempos em que tanto se fala em crise!

- Agora, diante das adversidades – continuou João - lembro sempre da fala de um político das antigas. Um dia, perguntaram a ele como conseguia se manter no Poder apesar de tantas denúncias, tantos escândalos com seu nome envolvido... Ele respondeu ao repórter: ‘Tempo, Paciência e Silêncio. Sou dotado de grande paciência, deixo o tempo passar – em seis meses, tudo ficou esquecido; enquanto isso, fico quieto...’.







A difícil arte de cozer arroz, por Ana Echevenguá




Hoje é meu dia de folga; e decidi preparar o almoço. Lembrei do meu amigo José, do seu genuíno prazer em comer e em preparar arroz... Decidi, então, cozinhar arroz. Comecei com a maior dedicação: escolha da panela, lavagem dos grãos, água, gordura, sal, alecrim... 

Pensei com meus botões: por que será que ele gosta tanto de arroz? E mais: por que o arroz é um dos cereais mais consumidos no mundo? Até onde sei, o arroz branco é rico em carboidratos e nada mais. 

Lá fui eu pra beira do fogão! Mas foi só levantar a fervura na panela e fiquei furiosa! (Mulher à beira de um ataque de nervos na beira do fogão – alguém já viu esse filme?). 

Nessa hora, descobri o porquê de não gostar de arroz... é um dos pratos mais complexos e difíceis de fazer; derrama da panela ao cozer; faz uma sujeira danada... e, na hora de ser degustado, não tem gosto algum... lembra-me o "elemento neutro" das regras matemáticas. (Alguém lembra disso?)

Definitivamente, eu e o arroz não formamos uma boa dupla: queimei os dedos ao pegar a tampa da panela fumegando e espirrando água fervente, deixei-a cair no chão... quase queimo o arroz porque não fiquei atenta ao seu cozimento...

Será que é possível mudar isso? Será que dá pra preparar um prato simples, de forma simples e segura? Como é que – sem tragédia - a população mundial consegue colocar arroz no prato diariamente? 

Depois que limpei o fogão e acalmei os ânimos, falei com meu amigo José... Tranquilizou-me com sua voz pausada. E, delicadamente, permitiu-me entender que fizera tudo errado. Tudo mesmo! Vejam como ele prepara o seu pratinho de arroz:

“Ferva bastante água, como se fosse cozinhar macarrão.
Junte sal.
Junte arroz e cozinhe por 16 minutos.
Escorra no escorredor de macarrão.
Tempere com sal, azeite ou manteiga.
É só servir. Assim não perdes o amigo, a paciência e nem o arroz”.

Tão simples! Tão fácil! Uma das especialidades do meu amigo é transformar o trivial em extraordinário. Dar sabor diferenciado ao prato cotidiano. 

Acho que, na verdade, ele coloca várias pitadas de amor na comida que confecciona...

Richard Simonetti e Raul Seixas, por Ana Echevenguá


“Não diga que a canção está perdida. Tenha fé em Deus. Tenha fé na vida. Tente outra vez!...” – Raul Seixas.


Final de domingo, em 14 de abril de 2013, tive a oportunidade de ouvir o escritor espírita Richard Simonetti*. O auditório do Centro Espírita Irmão Erasto, em Florianópolis-SC, estava cheio. Durante quase duas horas, Simonetti falou sobre "Trabalho, Solidariedade e Tolerância". Após, autografou seus livros.

Além de palestrante, Simonetti era escritor. Morreu em setembro de 2018 e nos deixou  uma ótima produção literária: mais de 48 livros. 

Apaixone-se por Canas* por Ana Echevenguá





“De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento...” - Vinicius de Morais

Canas é linda! A cada dia, um novo horizonte. Verde, cinza, róseo, azul... são 365 novos horizontes por ano. Hoje, estava chuvoso, com a bruma suave cobrindo o verde dos morros e da ilha à frente da areia da praia.

Assim como tantos, apaixone-se por Canas! E comece uma história de amor candente, eterno, acalentado por fortes emoções.  Na distância, a saudade! Quando junto, vontade de ficar ali pra sempre, ouvindo o silêncio, o barulho das ondas, o vento nas árvores que ainda restam...

Canas é aquele amor receptivo; que não se cansa da entrega; e que  entrega o que tem de melhor.

E, se “quem ama, cuida!”, cuide de Canas. Cuide de sua areia, de suas águas, dos rios que procuram a beira-mar... Proteja suas árvores e bicharada... Em Canas, “toda fauna flora grita de amor”.

Apaixone-se por Canas! E permita que – através de seus filhos, netos, bisnetos – esse amor seja imortal.


 * - Canas é a denominação carinhosa dada à praia de Canasvieiras, localizada no norte de Florianópolis-SC.



Rumo às estrelas! – por Ana Echevenguá



Somos o conjunto do nosso trabalho, da nossa obra, das nossas ações na sucessão do tempo e das várias reencarnações.

Tudo é renovação e eternidade!

Colhemos, hoje, os frutos das sementes que cultivamos no nosso passado espiritual. Nosso Espírito reflete a luz ou a treva, o céu ou o inferno que trazemos em nós. Se  a colheita não é satisfatória, com nova semeadura e mudança de comportamento poderemos alterar as ocorrências futuras e, até mesmo, as presentes. Porque as aflições individuais são remédios que levam à cura e ao refazimento da Alma.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Sob o sol de Canas, por Ana Echevenguá



Você já leu ‘Sob o sol de Toscana’?
Viu sua adaptação ao cinema? 
Mas se não pudermos estar lá
Vamos usufruir o sol de cá.

Estou sob o sol de Canas,
Olhando o mar de infinitas cores
Que areja o corpo, a alma
E leva embora as dores.

Caminho sem pressa, caminho com calma.
Internalizando  a beleza sem igual
do sol que nos banha agora...

Aproveite comigo o dia iluminado.
Viva a vida, olhe pro lado,
verde-azulado
Ou azul esverdeado?

Agradeça à Mãe Natureza
Por este momento de ímpar beleza!

Momentos de Consciência, por Ana Echevenguá





Estou lendo Momentos de Consciência, publicado em 1992. Uma obra que integra sua Série Psicológica de Divaldo Franco, ditado pelo Espírito Joanna de Angelis. 

De forma simples, apesar do uso de linguagem rebuscada, mostra o quanto a natureza humana anseia por paz e bem-estar. E que esta busca torna-se mais candente em nossos “momentos de consciência”. Ou seja, quando ficamos cientes de nossas necessidades legitimas e conseguimos “distingui-las no meio dos despautérios, do supérfluo e da desilusão”. Porque é a consciência que “abre as comportas da inteligência e do sentimento para a natural aceitação das experiências sucessivas e inevitáveis, que promovem a criatura”.

Esta é sua melhor encarnação! – por Ana Echevenguá



“Cada dia é uma bênção nova que Deus te concede, dando-te prova de amor. Acompanha a sucessão das horas cultivando otimismo e bem-estar”. Joanna de Ângelis 

Domingo de chuva na Ilha da Magia. Assisti, após o café da manhã, à adaptação cinematográfica do livro Grace de Monaco. Roteiro de Asash Amel e direção de Olivier Dahan. Gostei muito e o chuvoso do dia permitiu-me extrair boas lições da obra. 

O filme mostra uma mulher insatisfeita com suas escolhas e que – num momento de crise – recebeu um aconselhamento prudente: “interpretar a Princesa de Monaco é o seu melhor papel; você é uma grande atriz; faça o seu melhor agora!”

domingo, 29 de dezembro de 2019

Processo libertador de consciências, por Ana Echevenguá



A Doutrina Espírita, codificada por Kardec, é um processo libertador das consciências.

E como ela chegou até nós?

“Aos pobres Espíritos que habitaram outrora a Terra, conferiu Deus a missão de vos esclarecer” – (Instrução do espírito Lacordaire - Constantina, 1863, em O Evangelho segundo o Espiritismo)

A doutrina espírita surgiu através das relações do mundo material com os seres que habitam o Mundo Invisível, os Espíritos.

Honrar nossos ancestrais, por Ana Echevenguá




Lendo o livro Roteiro, psicografado por Chico Xavier, deparei-me com estas frases de Emmanuel: “Milhões de vidas formam o pedestal em que nos erigimos. E, alcançando o entendimento, cabe-nos auxiliar as vidas iniciantes”. 

‘Milhões de vidas’ – em sucessivas reencarnações - tornaram possível minha estada neste planeta, neste momento... como não ser grata?

Honrar pai e mãe, lembram disso?

Ancestrais, amigos e conhecidos, até mesmo antagonistas desses... tantas pessoas ajudaram a pavimentar a estrada que ora percorro... impossível não ser grata! 

Bert Hellinger, criador da Constelação Familiar, ensinou-nos a olhar com amor aos que nos antecederam porque, além da ajuda no passado, continuam nos dando força no presente: “A vida passou através deles até chegar até mim e em sua honra viverei plenamente”.

Um sopro de vida percorrendo toda a nossa árvore genealógica!
Para sermos merecedores desta benesse, além da gratidão, devemos viver felizes, em plenitude, aproveitando cada minuto, honrando o sacrifício que que essas pessoas experimentaram para, de certa forma, abrandar nossa existência. 

Claro que, compreendendo estes fatos, vislumbro minha obrigação de auxiliar as gerações futuras. Hellinger deixou bem claro que a força e as bênçãos das gerações passadas sempre reverberam nas gerações seguintes. 

Então, nestes últimos dias do ano, que sempre nos levam à reflexão, olhem para trás, com amor, gratidão, tolerância e respeito; abençoem seus antepassados, em especial, seus pais: “Que todas as gerações passadas e futuras sejam agora, neste instante cobertas com um arco-íris de luzes que curem e restaurem o corpo, a alma e todos os relacionamentos”.