quarta-feira, 12 de agosto de 2015

“Focalizar o que vai bem”, por Ana Echevenguá







Vocês já perceberam o quanto é bom conversar com as crianças? Elas nos surpreendem a todo instante... Consideradas por Jesus como símbolo da pureza e da simplicidade, apresentam-nos uma visão diferenciada do mundo em que vivemos. Extremamente pedagógica. Ainda que seja espírito velho, dotado de larga experiência e sabedoria, a criança, segundo Kardec, está  “mais acessível às impressões que podem modificar a sua natureza e fazê-la progredir”. 


Criança faz cada pergunta! Outro dia, passeávamos pela rua, cumprimentando os caminhantes e minha neta perguntou:


- Vó, por que, quando tu perguntas pras tuas amigas “tás bem?”, elas só contam coisas tristes?


Nossa! Isso pra mim é tão corriqueiro! Em virtude da minha profissão, sou procurada por pessoas geralmente eivadas de problemas... é meu encargo buscar uma solução. Ninguém me procura pra dizer: ‘estou feliz,  por isso preciso de um advogado!’


Fiquei em busca da resposta. Mas, naquele momento, não a encontrei... e, pra fugir do assunto, entramos numa banca de revistas, compramos uma revistinha da Mônica...


Creio que hoje, enquanto lia um dos capítulos do livro ‘Cura e Libertação’, do magistrado espírita José Carlos De Lucca, surgiu a resposta à pergunta de Ana Carolina. 


“Temos uma tendência quase obsessiva de frisar o que vai mal conosco, nos esquecendo de focalizar o que vai bem, e com isso acabamos com uma sensação equivocada de que a nossa vida é uma droga, quando na verdade apenas uma parcela dela não está do jeito que gostaríamos.  E esse estado emocional negativo não nos estimula a colocar o sal nas situações que ainda não são do nosso agrado.”


        Eu sei que, no nosso cotidiano, não é fácil ‘focalizar o que vai bem’... estamos de mãos atadas, à frente de uma mídia que nos bombardeia incessantemente com energia negativa... as manchetes referem-se especialmente a ocorrências ruins, dolorosas... vender desgraça é altamente rentável! 


Imersos neste universo contagiante, perdemos o melhor da vida, o melhor de nós... Precisamos aprender a mudar o canal, virar a página, esvaziar a mente dos pensamentos negativos...


É fácil? Claro que não é! Pensar no bem, agir no bem, conectar-se com a energia positiva que nos cerca – e que é abundante – são exercícios que exigem disciplina. 


Mas, devemos dar o primeiro passo nessa direção... Para tanto, temos um forte aliado: nosso livre arbítrio!