quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Ansiedade. Como gerenciar o mal do século? – por Ana Echevenguá


Às vezes, ansiedade pode até ser normal: aquele friozinho na barriga à espera do namorado, as expectativas às vésperas do vestibular... Mas é forte indicativo de doença quando a angústia e inquietação tornam-se excessivas, quando os sentimentos interferem negativamente no cotidiano. 

Vivemos com medo... medo do futuro, medo do inesperado, medo dos fantasmas do passado... assombrados, sem entender que o presente é o único momento em que é possível ser feliz, realizado,  relaxado...

Assim, o nosso ‘Eu’ - que deveria representar a nossa capacidade de escolha, de autonomia -, perdeu suas habilidades mais importantes. Deixou de ser protagonista da própria história, gestor das suas próprias emoções, conforme explica o psiquiatra Augusto Cury. 

Parece que nosso ‘Eu’ robotizou-se: passa os dias absorvendo o excesso de informações que recebe, sem encontrar tempo pra apreciar os momentos de lazer e de felicidade. 

Perdemos a nossa capacidade de criar, de cocriar porque a frase predileta é: “não tenho tempo!”


Além disso, há os excessos que turbinaram a ansiedade do século XXI: excesso de atividade, de trabalho, de informação, excesso de lixo mental... 

Como resolver?

Devemos cuidar amorosamente do Planeta Mente, entendendo, primeiramente, que somos seres humanos únicos, belos, dotados de vários dons e qualidades... 

“Vós sois deuses!” – disse-nos Jesus.

Após, precisamos aprender a reeditar nossa memória, a reciclar os estímulos estressantes, perdas, contrariedades, ideias perturbadoras... Tudo passa e tudo isso também passará!

A pergunta que não quer calar: você se ama? Você se cuida?

Se a resposta for negativa, quem sabe não chegou finalmente o momento de nos reinventarmos, dando início a um tórrido caso de amor conosco?


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