domingo, 17 de maio de 2015

Esta é sua melhor encarnação!, por Ana Echevenguá







“Cada dia é uma bênção nova que Deus te concede, dando-te prova de amor. Acompanha a sucessão das horas cultivando otimismo e bem-estar”. Joanna de Ângelis

Domingo de chuva na Ilha da Magia. Assisti, após o café da manhã, à adaptação cinematográfica do livro Grace de Monaco. Roteiro de Asash Amel e direção de Olivier Dahan. Gostei muito e o chuvoso do dia permitiu-me extrair boas lições da obra. 

O filme mostra uma mulher insatisfeita com suas escolhas e que – num momento de crise – recebeu um aconselhamento prudente: “interpretar a Princesa de Monaco é o seu melhor papel; você é uma grande atriz; faça o seu melhor agora!”

(Nunca estamos sós!) 

E, desde então, sua postura mudou e Grace, vencedora do Oscar em 1955, adaptou-se ao seu papel – com estudo, paciência e disciplina - no grande palco do cotidiano.


Envolvida na história, lembrei-me dos desconfortos que algumas de minhas escolhas já causaram e dos quais foi impossível fugir. Afinal, a cada ação corresponde uma reação de igual intensidade. Não se trata de castigo, de punição... São regras da Física; esta é a terceira lei de Newton. 

Mas, foram minhas escolhas... utilização do meu livre arbítrio. Se geraram sofrimento, está na hora de rever os meus passos e interpretar, da forma mais perfeita possível, o papel que elegi.

Por quê? Porque, segundo a doutrina espírita, vivemos – neste momento - a nossa melhor encarnação. Palmas para nós!! Estamos bem mais próximos da angelitude do que já estivemos no passado. O propósito maior da nossa presença neste planeta é a oportunidade ímpar de consertarmos os erros do passado... numa trajetória rumo à evolução, ao progresso, à felicidade... afirmo isso porque li, em O Livro dos Espíritos, uma parte do comentário de Kardec à questão 151 que ratifica o que mencionei: “Todos os Espíritos também tendem à perfeição, e Deus lhes proporciona os meios de consegui-la, com as provas da vida corpórea. Mas, na sua justiça, permite-lhes realizar, em novas existências, aquilo que não puderam fazer ou acabar numa primeira prova”.

Isso me conforta: se não atingir meu propósito nesta existência, serei agraciada com outras... até que eu consiga chegar à perfeição.

Emmanuel, ao tratar do tema, ensina-nos que  “Cada encarnação é como se fosse um atalho nas estradas da ascensão. Por este motivo, o ser humano deve amar a sua existência de lutas e de amarguras temporárias, porquanto ela significa uma bênção divina, quase um perdão de Deus”. 

Bom, consigo visualizar que as experiências cotidianas de Grace Kelly, de Madre Tereza de Calcutá, de Giovanna Massaro, assim como as minhas e as suas, exigem cuidado, prudência, reflexão e muito amor... Porque, ao renascermos, fomos agraciados com mais uma chance ímpar de ‘fazermos a coisa certa’, sem esperarmos extraordinários momentos ou ocasiões especiais que, possivelmente, nunca chegarão. Afinal, não há tempo a perder!

Saber disso é ótimo, é reconfortante, é mágico... e, para tanto, precisamos estar atentos e confiantes nas bênçãos divinas que nos envolvem. Eivados da certeza inabalável de que, “enquanto a vida se expressa, multiplicam-se as oportunidades de crescer e ser feliz” – palavras sábias e generosas de Joanna de Angelis.






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