Quando
o sociólogo italiano Domenico
De Masi incentiva-nos ao ‘ócio criativo’, ele não está pregando a inércia, a
preguiça...
Afirma
que o trabalho não deve parecer um fardo. Deve, sim, estar relacionado ao lazer
e ao estudo de tal forma que se torne impossível diferenciar um do outro.
Ensina-nos
que o ‘ócio criativo’ é uma arte que se aprende e se aperfeiçoa com o tempo e
com o exercício constante.
Afinal,
deve haver tempo para o trabalho e, também, para outros grandes valores: o
estudo para produzir saber; a diversão para produzir alegria; o sexo para
produzir prazer; a família para produzir solidariedade, etc...
Trata-se,
enfim, do melhor aproveitamento do tempo que nos é concedido. Sem deixar de
produzir riqueza, lazer e cultura.
Gradativamente,
desta forma, será viável derrubar vários mitos industriais, como a velocidade
para atingir objetivos, a competição desenfreada, a concorrência implacável, a
dedicação incondicionada ao trabalho estafante...
Claro
que nenhum progresso acontece automaticamente. Primeiro, cria-se um movimento
de opinião e depois um grupo de luta para colocar em prática as idéias
inovadoras.
A
Revolução Industrial só foi possível porque sonhamos em produzir mais bens e
serviços com menos trabalho humano, delegando a fadiga física e intelectual
para as máquinas. Hoje, uma casa modesta dispõe de eletrodomésticos que
realizam o trabalho que, na Grécia Antiga,
seria realizado por 40 escravos.
A
tecnologia ajudou o ser humano a se libertar do trabalho, permitindo que ele
pudesse dedicar mais tempo à meditação, à amizade, ao jogo, ao amor, à beleza e
à convivência.
Você pode experimentar seus momentos de
ócio criativo. Trata-se de uma arte que se aprende e se aperfeiçoa com o
tempo e com o exercício constante. Aos poucos, saia do turbilhão em que se encontra, deixando a
imaginação voar.
Aos poucos, isso poderá fazer parte do seu cotidiano. Sempre há
tempo para refazer conceitos!
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