Nunca
estamos sozinhos. Começamos nossa trajetória reencarnatória com vários recursos
oferecidos por Deus. E um dos mais importantes é a presença constante de um
Espírito protetor para nos orientar ao longo do caminho. Verdadeiro presente de
Deus, incontestável prova de Amor!
E Deus, com infinita sabedoria, designou Espíritos
mais elevados do que nós, confiando a eles essa grandiosa mas difícil missão.
Este
ser é nosso Anjo Guardião, nosso anjo da guarda, nosso guia espiritual,
representante de Deus junto a nós. Vai nos acompanhar ao longo da vida espírita, depois da morte, e mesmo através
de muitas reencarnações.
Quando, na questão 491, do Livro dos Espíritos,
Kardec pergunta sobre a missão do Espírito protetor, recebe uma resposta
simples:
“A
de um pai com relação aos filhos; a de guiar o seu protegido pela senda do bem,
auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o
ânimo nas provas da vida.”
Se
a sua missão é nos proteger e guiar, torna-se compreensível sua hierarquia
superior; ele está preparado para nos conduzir e orientar os passos. Porque a
nossa visão humana é mais restrita do que a dele.
Importante
esclarecer que ele nos orienta, nos conduz pelos caminhos do bem, nos ampara...
Sabe exatamente porque estamos vivenciando certo problema, enfrentando alguma tempestade...
Mas,
em momento algum, deixa de respeitar o nosso livre arbítrio. Dá a dica, através
de sonhos ou intuições, mas a decisão final é nossa. Porque ele sabe – e um dia
também saberemos - que, depois da nossa ação, teremos que suportar o peso da
reação que virá. Quem planta batatas não pode esperar colher feijão!
Ah!
Se não tivéssemos o nosso Guardião, cairíamos em muitas armadilhas da vida
material. Por isso, precisamos estabelecer uma sólida ponte com ele.
A relação é tão saudável, tão positiva que, quando percebe que seus conselhos são inúteis e que estamos
mais inclinados à influência dos Espíritos inferiores, nosso anjo da guarda se
afasta. Sai de perto, mas não nos abandona! Retorna ao ouvir nosso chamado, para dar seguimento à sua missão.
Então,
entendam que ele não nos abandona. Nós, muitas vezes, nos afastamos dele. E nos
sentimos sozinhos na Terra.
Raul
Teixeira ensina-nos que nosso Guardião precisa ser mais valorizado por nós. Em várias
ocasiões, procuramos ajuda em outros seres reencarnados. Ainda que estejam
aptos a nos prestar socorro, são seres humanos como nós, falíveis, que
experimentam as mesmas dores...
Para
melhorar este contato com nosso Anjo da Guarda é preciso ter poderes especiais,
estar em algum lugar místico? Não, nada disso.
O
que fazer para ouvirmos sua voz, para captarmos suas sugestões? Devemos fazer
silencio mental, através da meditação, da oração... Teixeira compara nossa
mente ocidental a de um macaco louco: saltamos de um galho pra outro. Ainda não
aprendemos a fazer o silencio necessário pra nos concentrarmos, para transformar
alguma coisa ou algum fato no centro da nossa atenção.
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