domingo, 17 de março de 2019

"Morrer de amor"... - Ana Echevenguá





Vocês já ouviram falar em ‘morrer de amor’? De alguém que decidiu abreviar sua vida porque perdeu o que julgava ser um grande amor?


“Me perdi de tanto amor, ah, eu enlouqueci 
Ninguém podia amar assim e eu amei 
E devo confessar, aí foi que eu errei...” 
Roberto Carlos

A Arte – literatura, música, cinema – está repleta de exemplos. Shakespeare pareceu sentir-se à vontade ao tratar do tema nos seus clássicos.  

Mas, morrer de amor não é nada romântico! É suicídio! Não há glamour ou chuva de flores, nem premiações ou recompensas ao suicida...

Como a vida imita a Arte, o suicídio tem ocorrido com muita frequência na vida real... tanto que está prestes a ser considerado uma epidemia. Especialmente entre os jovens, nos dias de hoje. 

Banalização da vida? Incapacidade de lidar com as perdas e frustrações? Dificuldade de amar a si mesmo?... o tema exige muita conversa, muito estudo e muita ação...

Há uma dica interessante de Leon Tolstoi sobre o assunto: "diante de uma perda amorosa não vale a pena se matar por amor; nem se desesperar; arranje outro amor". 

Gente, Tolstoi morreu em 1910. Como é que esta dica parece tão recente? Tão adequada aos nossos tempos? 

Grande Tolstoi! Delicadamente, deixou-nos um puxão de orelhas, uma bela sacudida àqueles que estão com o coração partido. 

Augusto Cury, psiquiatra e escritor, ao falar sobre o  fim de relacionamentos amorosos, sugere algo parecido: - “Se o seu amor foi embora, deixa ir; ele é que vai perder...”.

Portanto, se você está com vontade de morrer de amor, deixe esta vontade ir embora. Delete-a o quanto antes!

Valorize-se! busque outro sentido ou outra direção à sua vida... Você é uma obra ímpar da Criação Divina!... outros amores virão! Embora haja tantos desencontros na vida, a vida é a Arte do Encontro - palavras sábias de Vinicius de Moraes. 


“Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer.
Olhos nos olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais.” -  Chico Buarque


Ana  Candida  Echevenguá, OAB/RS  30.723, OAB/SC 17.413-A, advogada e articulista, especializada em Direito Ambiental, em Direito do Consumidor e em Direito da Mulher. Coordenadora do Programa Eco&Ação, no qual desenvolve um trabalho diretamente ligado às questões socioambientais, difundindo e defendendo os direitos do cidadão à sadia qualidade de vida e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. email: anaechevengua@gmail.com

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