2018. Novamente chegou Setembro! Hora de ‘amarelar’ porque o mundo elegeu o Amarelo para sinalizar a Campanha de Conscientização sobre o Suicídio; elegeu ainda o dia 10 de Setembro como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Setembro Amarelo!
O carro-chefe dessa Campanha é a prevenção, remédio eficaz e eficiente em mais de 90% dos casos, segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde.
Por enquanto, os dados oficiais são alarmantes: no mundo, morre 1 pessoa a cada 45 segundos. No Brasil, 1 pessoa a cada 45 minutos. Ou seja, 32 brasileiros suicidam-se por dia. Uma das maiores causas atuais de mortalidade, com taxa superior à das vítimas da AIDS e de câncer.
Estamos diante de um grave problema mundial de saúde pública!
Os números de tentativa são três vezes maiores do que os acima apontados. Embora as mulheres tentem com maior frequência, os homens são mais eficazes porque "recorrem a meios mais radicais", conforme estudos realizados por Lars Mehlum, professor de psiquiatria e suicidologia da Universidade de Oslo, Noruega.
Para a OMS, as causas podem ser psicossociais, culturais e/ou ambientais: a pobreza, o desemprego, a perda de um ente querido, histórico familiar de suicídio, uso de drogas, isolamento social, problemas de saúde como a depressão, a esquizofrenia...
Seja qual for a causa, o problema existe e precisa ser enfrentado. Porque, apesar das campanhas anuais de conscientização, o tema ainda é tratado como tabu.
Estamos na era da colaboração através da Inteligência Conectada. As pessoas precisam saber da eficácia da prevenção para reduzir os números de suicídio. O psiquiatra Augusto Cury afirma que o suicida não quer morrer, ele quer se livrar de seus problemas. Daí, a necessidade de fomentarmos o debate.
Precisamos - órgãos públicos e sociedade civil - fazer algo além da mera coleta de números. Esclarecer, conscientizar e estimular a prevenção do suicídio pode reverter esse cenário caótico.
Falar a respeito, como sugere o jornalista e professor André Trigueiro, é a melhor opção! Pode salvar vidas!
(Ana Candida Echevenguá)
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