sábado, 13 de abril de 2013

Aborto. Estejamos unidos na defesa da vida.






Bezerra de Menezes (Espírito)
Meus filhos!
Que Jesus nos abençoe!
A Vida, sob qualquer aspecto considerado, é dádiva de Deus que ninguém pode perturbar. Todos os seres sencientes desenvolvem um programa na escala da evolução demandando a plenitude, a perfeição que lhes é a meta final.
Preservar a vida, em todas as suas expressões, é dever inalienável que assume a consciência humana no próprio desenvolvimento da sua evolução.
Quando alguém levanta a clava para interromper propositadamente o ciclo da vida, faz-se um novo Caim, jogando sobre si mesmo a condenação da consciência de culpa e experimentando, no remorso, hoje ou mais tarde, a necessidade de depurar-se, reabilitando-se, ao nadar nos rios das lágrimas.
Por isso, os espíritas cristãos, compreendendo o alto significado da vida levantam-se para defendê-la onde que se apresente e, em especial, a vida humana – estágio avançado do processo de iluminação do Ser, na busca da consciência plena e cósmica.
Inspirados pelo Mundo Espiritual Superior, os obreiros do Cristo se erguem hoje para proclamar, não só os direitos à vida dos que estão em germe e têm o direito de nascer, como dos que se despedem do corpo e têm o direito a permanecer, até o último hausto, no organismo em processo prévio de degeneração, como também do delinqüente revel, que agrediu, ou do atormentado mental, espiritual e moral que, sem resistência para enfrentar a luta, opta pela falsa solução do autocídio, mergulhando no insondável abismo de sombras e dor.
Não apenas defender esse direito à vida, como também respeitar todas as vidas, como se apresentem, onde quer que estejam, é tarefa primordial do Espiritismo, que pode ser considerado uma usina de poderosa força e, se por acaso , não se realiza a operação transformadora dos seus membros, influindo no comportamento da sociedade, converte-se em uma potencia, deixada à margem, que perdeu a finalidade de produzir energia para a utilidade a que se destina.
Por isso, o Espiritismo tem como objetivo primeiro a transformação moral do homem, e se esta não se dá, a mensagem pode ser comparada a lâmpada abençoada que, lamentavelmente, se encontra com a luz interrompida.
Dessa transformação moral, intransferível, individual saem os outros objetivos que vão atender às necessidades coletivas, mudando as paisagens terrestres e convidando a criatura à construção real do mundo pleno que em breve defrontaremos.
E onde estarão as energias necessárias para esse cometimento, senão no Lar, nessa sociedade miniaturizada onde se caldeiam sentimentos, onde se lapidam arestas e, muitas vezes, como buril, se retiram a jaça, as anfractuosidades, limando-se a aspereza para que o brilho da luz interior possa alcançar a superfície e expandir-se?!
A família é a base da sociedade, que não pode ficar relegada a plano secundário. Viver em família com elevação e dignidade é valorização da Vida, na oportunidade que Deus concede ao Espírito para crescer e atingir as culminâncias a que esta destinada.
É verdade que muitos obstáculos se levantam, gerando dificuldade para ambos cometimentos.
Quem, por acaso, atravessará as águas de um rio duas vezes nas mesmas águas?
Enfrentar tais obstáculos é a decisão do cristão renovado, que encontrou em Jesus a força poderosa, que Ele usou quando quis implantar o Seu reino de amor e de Justiça na Sua época, guardadas as proporções, semelhante a esta época.
Se os Companheiros se revestirem de valor moral para combaterem o erro, pela sua atitude de coerência espírita-cristã, pela sua conduta eminentemente evangélica, lentamente, os espaços perdidos serão recuperados e será erguido na terra o reino de Trabalho, de Fraternidade e de Amor.
Meus filhos há muitas sombras, porque o bem se apresenta com timidez, cedendo espaço ao mal, que alarga os seus domínios pelo atrevimento de que se reveste.
Por isso mesmo, espírita seja a nossa definição.
Se necessário for perder as pobres moedas de César, para preservar a inteireza do conteúdo da Mensagem, confiemo-nos em Deus, o Supremo Doador, que nunca nos deixou órfãos e jamais nos deixará ao abandono.
O Espiritismo liberta-nos da ignorância e propicia-nos, pelas lições liminíferas da caridade, a ação social, na assistência e no serviço de socorro. Negar a procedência da inspiração, para conivir com os métodos arbitrários e injustos da política terrestre, é o mesmo que ceder ante as paixões de César, como árbitro dos destinos, embora sem controle sobre as vidas, significaria abjurar o nome de Jesus – que é a bandeira das nossas obras sociais --, para estar de braços dados com o poder temporal, recebendo-lhe o auxílio e apoiando-lhe as arbitrariedades.
Jesus disse que no mundo somente teríamos aflições.
Não serra lícito, portanto, esperarmos outras respostas, senão a da dificuldade.
Graças à Lei Soberana, que é a Lei Natural, a Lei de Amor, lutemos junto às autoridades competentes para falarmos do nosso apostolado e pedirmos respeito às ações renovadoras da sociedade que vimos desenvolvendo em nome da caridade.
Não temamos nunca! Estejamos unidos na defesa da Vida em uma família espiritual digna, suportando reveses e incompreensões. Ser espírita hoje é o mesmo que ter sido cristão ontem.
Quantas vezes veremos as nossas melhores palavras adulteradas e voltadas contra nós?
Em outras oportunidades enfrentaremos o desafio da urdidura da calúnia, da malversação de valores e das acusações indébitas; em novos ensejos defrontaremos problemas íntimos, no santuário domestico, ralando-nos o coração e, mais adiante, sofreremos a insidiosa interferência dos que se comprazem na preservação deste estado de coisas, atormentados na erraticidade inferior, ferindo as fibras mais íntimas do nosso sentimento.
Não terá sido outra a razão que o Mestre nos recomendou o Amor – Amor sempre – e a Oração, meus filhos!
A Oração é o elixir de longa vida que nos proporciona os recursos para preservar os valores de edificação, perseverando no trabalho iluminativo. E o Amor indiscriminado, a todos, mesmo aos inimigos – que não quer dizer anuência com os seus propósitos --, é impositivo de emergência para lograrmos a Paz.
Como é verdade que os Seus discípulos nos faremos conhecidos por muito amar, não menos verdade é que este amor – que se inicia em nós --, deve expandir-se até eles, todos eles, os que criam embaraços e dificuldades, que nos ameaçam e nos provocam lágrimas, em ambos os planos da vida.
Quando aceitamos o ministério do Cristianismo Restaurado, assinamos o propósito de servir com abnegação até o fim.
Temos logrado êxito; vencemos os primeiros ambates; superamos as dificuldades maiores antes da decisão. Necessitamos, agora, valorizar a nossa vida – vós, no carro da matéria, e nós na experiência libertada do corpo --, para chegarmos à meta final, cantando um hino ao Vencedor que, aparentemente vencido, foi plantado na cruz, e cuja aparente derrota estava simbolizada na vitória de encontrar-se como Hífen de Luz entre os homens propínquos e Deus, no Calvário, onde se uniram todas as forças do mal para o sacrifício do Cordeiro.
Meus filhos, estes são os dias chegados. Tende ânimo, preservai a coragem, sede fiéis, valorizando a vida e vivendo em família ideal, cujos membros, vinculados ao Reino de Deus, sejam realmente irmãos.
Que o Senhor nos abençoe!
São essas as palavras dos trabalhadores do Mais Além que por nosso intermédio fazem-nas chegar às vossas mentes e aos vossos corações. 

Com o carinho paternal de sempre, o servidor humílimo. Bezerra. (Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco no encerramento da Reunião do Conselho Federativo Nacional, em 07 de novembro de 1993, Brasília – DF). 

 Fonte: http://universu.blogspot.com.br/2008/02/aborto.html

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