domingo, 5 de abril de 2020

Platão e a quarentena, por Ana Echevenguá


Nesses tempos de quarentena, em que obrigatoriamente precisamos parar, refletir, olhar para dentro, ‘viajei na maionese’...

Imaginei-me conversando com Platão, o grande, o mega filósofo grego. Dia lindo, ensolarado: eu e ele debaixo das oliveiras, tomando chazinho de camomila e contemplando  o mar azul à nossa frente.

- Platão, um dia, no futuro, a Terra deixará de ser um planeta de provas e expiações. E eu vou estar lá porque quero ajudar na transição, sinto que eu posso ajudar... acho que isso tem lógica no plano das ideias; então,  um dia, será fato. Serei mulher, advogada, terei filhos e netos... Daí, eu pergunto:  tanto agora, como no futuro, qual a melhor coisa que  podemos fazer pelas pessoas que amamos?
Calmamente, após sorver seu chazinho, com os olhos perdidos no infinito, respondeu-me:

- Crescer, aprender, estudar, amadurecer como ser humano, Ana. Aprimorar as características inerentes à natureza humana... precisamos aperfeiçoar a nossa humanidade. Assim, estaremos dizendo e mostrando ao ser amado: o que eu tiver de bom é nosso, quero dividir contigo; sempre que você precisar de ajuda, eu estarei mais apto a ajudar porque estou em constante aperfeiçoamento... Ah! 
Se eu cresço, Ana, eu garanto o melhor para mim e para todos os que estão a minha volta...


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