quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Excesso de pressa prejudica 30% dos Trabalhadores Brasileiros

Cardiologista Roberto Kalil explicou efeitos ao coração de viver correndo.



Psiquiatra Luiz Vicente de Mello falou sobre outros sintomas do problema.

Ter pressa de vez em quando, para comparecer a um compromisso urgente, é normal. Mas, quando a corrida contra o relógio vira rotina, pode ser sinal de alerta.

Essa sensação de ser atropelado pelo tempo atinge 30% dos trabalhadores brasileiros. E o comportamento de estar sempre atrasado pode prejudicar o sono, a sede, a temperatura corporal, a frequência cardíaca, a pressão e até a respiração.

Para comentar o assunto, o cardiologista Roberto Kalil e o psiquiatra Luiz Vicente Figueira de Mello, do Hospital das Clínicas de São Paulo, estiveram presentes no Bem Estar desta terça-feira (23).

Eles explicaram por que a pressa deixa as pessoas mais competitivas e agressivas, inclusive no trânsito, e como relaxar em meio a essa constante luta contra as horas.

E esse não é um problema exclusivo de megalópoles como São Paulo. O repórter Renato Biazzi foi até Goiânia para ver como as pessoas lidam com a pressa e as tarefas diárias.

É possível identificar se esse comportamento está passando dos limites. Se você faz tudo correndo (come, anda, fala, dirige e dorme), faz várias coisas ao mesmo tempo, é muito impaciente (não aguenta ouvir alguém falar sem interrompê-lo, não sabe esperar ou não tolera quem vive com você), tem excesso de competitividade e de agressividade (perde o controle facilmente e parte para o ataque), cuidado: é preciso se acalmar.

Algumas dicas importantes para melhorar são: priorizar o que é realmente importante; dizer não para pedidos impossíveis; fazer pausas, meditação, orações, leituras, caminhadas e exercícios leves; e falar sobre os problemas.

Os especialistas recomendaram, ainda, fazer uma lista com as atividades indispensáveis e dividi-las ao longo do dia e da semana.

Segundo o psiquiatra, a pressa e a ansiedade podem ser uma tendência familiar e também um comportamento estimulado pelo meio em que se vive.

A longo prazo, a pressa e o estresse desorganizam o corpo, aumentam a ansiedade e podem causar problemas cardíacos ou gastrointestinais.




Fonte: G1

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