Hoje é o dia de homenagearmos São
Francisco de Assis, lembrarmos seus feitos, sua coragem, seu amor à vida, à
Natureza, aos seres vivos em geral, ... Minha neta – que, às vezes, não parece criança
- disse que São Francisco está em cada casa que tem um bichinho de estimação!
A Oração de São Francisco contem uma
bela mensagem cristã pela paz, tem sido amplamente divulgada. Seu teor poético
e simples mostra uma rota positiva e atuante para a nossa trajetória, pautada e
confiante no amparo divino.
Curiosamente, soube, há pouco
tempo, que não foi criada por São Francisco; que sua autoria é desconhecida. A oração
foi publicada primeiramente às vésperas do trágico período da Primeira Grande
Guerra. Em 1913, numa revista francesa da Normandia. Mais tarde, em 20 de
janeiro de 2016, a Igreja Católica decidiu publicá-la no Osservatore Romano e
no diário católico francês La Croix. Em 1917, recebeu nova divulgação, sob o
título “Oração para uso dos que querem colaborar na preparação de um mundo
melhor”. Mas, sem quaisquer referências ao autor.
A Oração pela Paz num período de
guerra e dor ganhou adeptos entre as distintas religiões! “Oh, Mestre, fazei-me instrumento
de vossa paz! Onde houver ódio que eu leve o amor...”. Conforme bem escreve Joanna de Angelis "Se
dificuldades ameaçarem o teu equilíbrio, utiliza-te da oração. A prece é
medicamento eficaz para todas as doenças da alma".
Mais tarde, a oração foi traduzida
para a língua inglesa e publicada num pôster que continha a imagem de São
Francisco. Londres, 1936, aproximadamente. Contam que ficou mais popular quando
usada num discurso de um político americano, em um dos encontros da ONU, em
1945...
Para a Ordem Franciscana, a
oração representa seus ideais e as necessidades mundialmente experimentadas...
desta maneira, passou a ser conhecida como Oração de Paz de São Francisco de
Assis.
Importa-nos a autoria? Não...
importa o ensinamento contido, a pureza das intenções, a humildade que deve
pautar nosso agir... porque o importante é atuarmos em prol da paz.
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz;
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé;
Onde houver erros, que eu leve a verdade;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei com que eu procure mais consolar,
que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado;
Pois é dando que se recebe;
É perdoando, que se é perdoado;
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
Ana Candida Echevenguá, OAB/RS 30.723, OAB/SC 17.413,
advogada e articulista, especializada em Direito Ambiental e em Direito do
Consumidor. Coordenadora do Programa Eco&Ação, no qual desenvolve um
trabalho diretamente ligado às questões socioambientais, difundindo e
defendendo os direitos do cidadão à sadia qualidade de vida e ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado. email: ana@ecoeacao.com.br.
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